"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

Avatar

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009



Leia o comentário da revista VEJA.

São três horas de puro sonho e deslumbramento.

Esse filme, como o nome diz, mexe na fantasia mais recente da nossa sociedade: aquele desejo de viver outra vida num mundo alternativo com um  corpo alternativo. Ter uma segunda chance, descobrir  que existe sim uma sociedade mais sensível e humana, um outro mundo lindo e puro.

Avatar, com seu recurso de 3 dimensões (assisti em 3 dimensões em São Paulo) dá a entender que isso é perfeitamente possível pois de repente me vi assustada ali, dentro da cena. Nunca pensei que este recurso pudesse colocar a imagem tão real. Fiquei surpresa por ver os personagens "saltarem" da tela para bem junto de mim; ou "me puxar" para o mundo deles.  Era tudo tão real que parecia que eu poderia tocar-los, parecia ao vivo.

Tá, ainda estou sob o impacto e daqui a algum tempo vou achar esses comentários absolutamente simplórios.

A história é boa, gostosa e conquista também pela aventura, movimentos e colorido lindíssimo. A riqueza de detalhes do mundo criado coloca diante de nossos olhos um cenário de sonhos do qual não dá vontade de sair.

A maldade e o egoísmo da nossa sociedade é questionado, mas não de forma original. No problem. Senhor dos Anéis foi uma historinha furreca mas com efeitos visuais tão poderosos que findou por conquistar um imenso público. Avatar "é tipo assim" mas mais impressionante. E terminou com aquele jeitinho de filme que vai ganhar continuação. Não quero perder por nada!

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Atividade Paranormal

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


Gostei do filme. É um lance diferente.

"Em “Atividade Parnormal” o que assusta não é o que se vê, mas o que se imagina". Veja o comentário do Cine Cultura.

A história é toda contada pela câmera do próprio personagem., por isso a imagem treme  praticamente o filme todo.  Isso pode parecer meio irritante mas é um recurso necessário para o tipo de história,. Acontece que os personagens resolveram gravar a si mesmos o tempo todo para descobrir a origem dos ruídos e coisas estranhas que estavam acontecendo. Queriam flagrar "a coisa" para entender como se  livrarem dela. 

Os dois namorados são praticamente os únicos personagens do  filme. Sei que parece monótono mas não se engane. O filme é extremamente tenso, do começo ao fim.

A atriz principal trabalha divinamente bem, com uma naturalidade tão grande que a gente jura que está vendo um documentário com filmagens verdadeiras, de fundo de quintal. Ela é ótima e não tem cara nenhuma de atriz, nenhum cacoete de estrela. É uma pessoa  absolutamente comum e isso é o que faz a história parecer tão real. Cada gesto do casal é tão comum, tão simples e parecido com o nosso - sem pose ou  glamour  - que simplesmente convence.

Algumas pessoas se queixaram porque  não ficaram com medo, não viram nada horrível. O problema é que com a profusão de efeitos especiais de hoje em dia, perdeu-se a noção de terror. Muitos acham que terror é cabeça esmagada, sangue rolando, olho pulando. Isso não é terror, é apelação. Terror não é uma questão visual! Fazer terror é guiar uma pessoa para dentro de seus próprios pesadelos. O terror arte provoca a nossa mente para nós mesmos nos apavorarmos com o nosso medo e não com o que possa aparecer na tela. Terror NÃO É UM LANCE VISUAL, mas uma coisa interior que precisa de arte para ser evocada.  Só que tem gente que não sabe o que é terror e fica esperando tripas espalhadas.

Esse filme é principalmente suspense. Muito suspense. E como também dá medo, é terror. Vale a pena assistir. Mas se você quer muito, muito sangue, sugiro que pegue na locadora Jogos Mortais - que não passa de um desfile de horrores.

Ah: diz-se que essa história teria sido baseada em fatos reais...

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Lula - o Filho do Brasil

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Não vi e não gostei.

Há quem tenha visto e não gostado desse, que é filme mais caro do cinema nacional. LEIA AQUI.

FRACASSO DO FILME DE LULA

Autor: IPOJUCA PONTES

Produto estrategicamente amparado pelo aval do Palácio do Planalto e embalado para ser visto por 20 milhões de espectadores pagantes, “Lula, o Filho do Brasil”, o mais caro filme produzido até hoje no país (algo em torno de R$ 40 milhões, incluindo farta publicidade, confecção de 430 cópias e outras despesas) - fracassou miseravelmente. Ao tomar conhecimento do fato Lula ficou “desapontado”, pois contava com o êxito do filme para arrebanhar votos e eleger Dilma Rousseff - ex-terrorista e assaltante de banco - à presidência da República.  Em São Paulo, principal mercado exibidor do país, o filme de Lula conseguiu pouco mais de 100 mil espectadores na sua segunda semana de exibição. (Para se ter idéia do desastre, em apenas três dias o desenho animado “Alvim e os Esquilos”, produção de segunda linha americana, superou a casa dos 640 mil ingressos vendidos). E na sua terceira semana de exibição, em circuito nacional, a frequência media do filme, que já era baixa, caiu 70%, consolidando a derrocada.

Fui ver o filme de Lula numa sala da Zona Sul do Rio, na última sessão de uma sexta-feira, horário considerado nobre para o mercado exibidor. Sua platéia, constituída por 17 incautos, mostrava-se entediada, em que pese o som áspero de uma trilha sonora sobrecarregada – em cinema, curiosamente, um fator decisivo para se anular a atenção do público. Antes do letreiro “Fim”, uns cinco espectadores, mais hostis, simplesmente abandonaram a sala de projeção, entre apupos e imprecações.

Por que o filme de Lula, mesmo com a milionária campanha de marketing e massivas chamadas na televisão, além do intenso noticiário da mídia amiga e o apoio milionário das centrais sindicais, fracassou a olhos vistos?

Em primeiro lugar porque é um filme pesado, “bore” - como diria, apropriadamente, a vigorosa Pauline Kael. Seu roteiro, por elíptico, caminha aos saltos e carece de uma estrutura dramática eficiente, capaz de envolver o espectador. Seus articuladores, movidos pela insensatez, pretendendo compor um ambicioso painel da vida do “cinebiografado”, estraçalharam as etapas de apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho da narrativa em função de uma montagem que corre em velocidade supersônica, suprimindo, com isso, a necessária integridade e clareza da narrativa.

Eis o veredicto: como se processa numa dramaturgia capenga, o filme de Lula corre por conta de situações dramáticas apenas esboçadas e, ao modo de um relatório previsível, materializa-se como peça de ilustração – ilustração chata e pouco convincente.

Mas a razão primeira pela qual o filme de Lula fracassa é porque ele navega, do início ao fim, nas águas turvas da mentira. Basicamente tudo que nele é exposto - desde os episódios da infância carente narrados em tom autocomplacente pelo ex-operário à “companheira” Denise Paraná (paga pela Fundação Perseu Abramo, instituição petista) até os relatos da sua ascendência na vida sindical - traz o selo da invencionice dissimulada e o desejo manifesto de se fabricar a imagem do herói predestinado que se fez presidente.

Como o filme não tem senso humor, o ponto de partida objetivado é comover o espectador pela exploração emotiva do miserabilismo físico e humano da paisagem social adversa. Neste diapasão, por exemplo, a cabrinha traçada por Lula na infância, conforme seu relato à “Playboy”, fica de fora. Como de fora fica o episódio marcante em que Vavá, o irmão mais velho de Lula, rouba mortadela para matar a fome da família - cena que é o ponto de partida de “Os Miseráveis”, a obra perene de Victor Hugo.

Por sua vez, na ânsia de soterrar a moral de botequim que norteia o personagem, por (de)formação infenso a qualquer tipo de valor espiritual, o filme subtraí a cena em que o futuro líder sindical, depois de pedir ao patrão para fazer algumas horas extras na oficina, enfia o dinheiro pago no bolso e, fugindo do trabalho, manda o patrão “tomar no cu”.

Como também fica ausente da narrativa, não por acaso, o relato crucial da enfermeira Miriam Cordeiro, ex-mulher do santificado sindicalista, que o trata por consumado “canalha” em depoimento ao “Estado de São Paulo”, tendo em vista a discriminação exercida por ele contra a filha Lurian, cuja vida, anos antes, “queria ver abortada”.

Ademais, para enganar a audiência, os articulares da escorregadia peça publicitária sequer mencionam o papel dos cursilhos comunistas (lecionados na Alemanha Oriental) na formação ideológica do sindicalista empenhado em fomentar o ódio de classe.

Por outro lado, com o firme propósito de incensar o mito do líder carismático, pleno de virtudes, o filme esconde as relações promíscuas de Lula com Murilo Macedo, o ministro do Trabalho com quem enchia a cara de cachaça num sítio de Atibaia, interior de São Paulo, na tentativa de morder a grana fácil da “ditadura militar”.

Pior: o filme esconde do espectador que a liderança de Lula no movimento sindical emerge da infiltração dos apóstatas da “teologia da libertação”, aliados do terrorismo (rural e urbano) financiado por Fidel Castro, somada à ação dos ativistas radicais banidos da vida política cabocla e dos intelectuais marxistas da USP - na prática os reais fundadores do Partido dos Trabalhadores. Não parece estranho, por exemplo, que tenha sido eliminado do entrecho a figura subversiva do “Frei” Betto, o mentor ideológico do maleável líder sindical?

Por incrível que parece, há no filme de Lula dois personagens que são responsáveis pelos momentos (raros) em que o filme anda e adquire verossimilhança. São eles: Aristides (interpretado por Milhem Cortaz, na férrea composição de um sub-Zampanô caboclo), o pai alcoólatra de quem Lula reconhece ter “herdado o lado ruim”, e Feitosa (Marcos Cesena, convincente), na vida real Paulo Vidal, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, hábil precursor do “sindicalismo de resultados”, de quem o operário de nove dedos tudo absorveu em matéria de malandragem e, depois, já contando com o apoio e as instruções das facções vermelhas, traiu.

São personagens episódicos, mas funcionais, visto que representam de alguma forma presenças antagônicas, sem as quais não há vestígio de dramaturgia. Já a personagem de D. Lindu (Gloria Pires, uma máscara sustentada com boa porção de pancake), de quem muito se esperava, opera convencionalmente, proferindo sentenças prosaicas, como é de se esperar de uma figura materna – por sinal, segundo Frei Chico, o filho mais velho, negligenciada pela eterna ausência do amado líder sindical.

Resumo da ópera: em vez de uma cinebiografia contraditória e humana, temos no filme de Lula o engendrar da construção de um mito. Nele, o personagem é visto como um ser perfeito e predestinado – logo ele, um sujeito grosseiro e vulgar, desprovido de qualquer tipo de grandeza, a não ser a de mercadejar mentiras em função da manutenção do poder. Nem Stalin, o monstruoso fabricante de si mesmo, consentiu que se cultuasse, em vida, sob forma de obra de ficção, sua personalidade ditatorial.

O que restará ao filme de Lula? Com o apoio da grana fácil do governo, cumprir a sua missão como peça de propaganda enganosa na agenda eleitoral de 2010. No Sul do país, as centrais sindicais estão distribuindo milhões de ingressos entre os seus filiados, ao tempo em que fornecem sanduíche, refrigerantes e serviço de transporte gratuito aos eventuais companheiros que se disponham a ver a peça de louvação.

No Nordeste, fala-se na contratação de unidades móveis de exibição para percorrer centenas de cidades do interior que ainda não possuem salas de projeção. São gastos adicionais que os mentores (públicos e privados) do projeto não abrem mão na esperança de que as populações miseráveis testemunhem o florescer da Virtú. A meu ver, inutilmente. Pois, como dizia o outro (que não foi, em absoluto, o Joãozinho Trinta), quem gosta de miséria - e dela se beneficia - são os intelectuais de esquerda. Pobre – ou operário - só quer luxo e riqueza.

No que está coberto de razão.

P.S. – Visto como espetáculo soa como desperdício que “Lula, o Filho do Brasil”, o “bom negócio” da LC Barreto, tenha custado em torno de enxundiosos R$ 20 milhões, até a 1ª cópia. É muita grana! Um produtor eficiente teria chegado a resultado idêntico com pouco mais de R$ 2 milhões.

(JBF)

E O PIOR: ELE NÃO MORRE NO FINAL! QUE SACO!!


Leia também esse interessante texto da professora Aileda de Mattos Oliveira a respeito da propaganda eleitoral indecente, no estilo utilizado nas piores ditaduras do mundo, que se transformou em um  filmeco que não merece ser visto.


"Chega-nos ao conhecimento mais uma demonstração de desequilíbrio psíquico do pífio representante da nação brasileira. A partir de sua ascensão, foram-se perdendo valores que cultivávamos como habituais normas de conduta. Essas mudanças são consequências das alterações semânticas, aceitas pelos órgãos jornalísticos, hoje, também, pouco afeitos à limpidez das idéias. Tais alterações são produtos dos erros de raciocínio e da falta de intimidade vocabular, que a incontinência verbal do senhor feudal, pela repetição, torna-as vernaculares. Tudo isso, aliado à esperteza de um espírito pusilânime, tem o poder de corromper os alicerces de todos os poderes da República.


Se a mentira passa à verdade; se o corrupto contumaz deve ser respeitado por não ser um homem comum; se uma organização terrorista, que inferniza os trabalhadores rurais torna-se uma instituição lutadora em defesa dos direitos dos sem-terra, é transformar os antônimos negativos em palavras representativas de uma nova ética em curso.


Para que se consuma o novo dicionário da sordidez política brasileira, necessário se torna conhecer, a fundo, em todas as dimensões, o seu autor, personagem central de sua própria propaganda político-eleitoreira. O autoendeusamento torna-o réu confesso do desequilíbrio de que acima os referimos. Considerar-se a si próprio Filho do Brasil, é exigir a legítima paternidade, a um país que já sofreu todos os vexames do filho que não passa de um bastardo. Como se não bastasse as ofensas de sua diplomacia, ofende-se mais ainda a nação, anunciando a sordidez de cobrar do país a herança que acredita ter direito e pretende obtê-la, através da delegação de poderes de seus iguais, nas urnas em 2010. É mais uma indenização cobrada ao país, considerado culpado pelo filho ilegítimo, pela tendência inata de sua família, de não ter vocação para o trabalho. O filme que ilustra a vida do responsável pela obra de estropiamento da língua, “coincidentemente” será levado à exibição em primeiro de janeiro de 2010.


Regredimos ao populismo desenfreado do brizolismo e percebemos, claramente, a existência de dois Brasis: o que trabalha e estuda para o desenvolvimento nacional e o que vive de estelionato político, sorvendo os impostos pagos pelo primeiro dos Brasis. Em toda imoralidade, encontra-se a logomarca da Globo, que não pode perder dividendos, mesmo que seja patrocinando um retorno aos filmes da velha fase macunaímica da miséria colorida. Não há outro digno representante deste (para mim) repugnante personagem da baixa estima brasileira, criação de Mário de Andrade, que o etílico Lula.


Alguém da escória da personagem do filme em questão deve ter sido o idealizador do título e da narrativa. O embriagado de álcool e de poder tomou posse do Brasil e está alijando, aos poucos, a parte consciente da sociedade, mas ainda sonolenta, para os esconsos vãos que se tornarão guetos dentro em pouco, se não tomarmos uma veemente atitude. Já imagino este filmeco sendo veiculado no agreste, nos sertões, arrebanhando os ingênuos e estimulando-os ao analfabetismo, à bebida e à rebelião.


A pressão para um conflito entre brasileiros está se fazendo prenunciar no horizonte. Esta indecência de filme, se consentirmos, se não reagirmos, se não clamarmos contra a mídia que lhe dará vida, poderá servir de estopim para tomadas de posição sérias que não vão deixar de fora a guarda particular do ébrio presidente: o MST.


Como dizem os traficantes do Rio, "está tudo dominado". Eles sabem o que dizem, infelizmente. Tudo está dominado, porque está corrompido pelo dinheiro fácil em troca da traição e da sabotagem. Apenas por patriotismo, sem levarmos nenhuma vantagem, porque pertencemos a outro grupamento ético, que não leu o glossário lulista, sabotemos o filmeco do palhaço de Garanhuns, desde já, para que, no ato da divulgação, caia no ridículo o Filho bastardo do Brasil, que bem poderia ser o Filho de outra coisa que já sabemos o que é. Embora não pareça, o caldeirão da divisão de classes já começou a esquentar. Como não tem a coragem de seu comparsa Chávez e é um poltrão como o Zelaya, usa desses artifícios ultrapassados, mas que caem como uma luva sobre a multidão de ignorantes do interior do país."

Aileda de Mattos Oliveira
Prof.ª Dr.ª de Língua Portuguesa
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

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Foi Apenas um Sonho

segunda-feira, 30 de novembro de 2009



Não é um filme que passou um dia desses mas resolvi postar aqui porque assisti e DVD e trate-se simplesmente de um filmaço.

Leonardo di Caprio mostra tudo o que  os galanzinhos das adolescentes gostariam de ser: atores de verdade. Ele é demais, ele arrasa, é um grande ator, assim como a Kate Winslet. Eu já sabia disso, claro, mas de vez em quando a gente corre o risco de esquecer.

Grandes atores geralmente a gente reconhece desde cedo. Ele já era maravilhoso lá por volta dos 13 anos, quando o vi atuar pela primeira vez. O filme era Despertar de um Homem - filmaço!!!!  onde ele contracenava com De Niro.  A primeira vez que vi Kate e entendi que ali estava uma deusa das telas foi no maravilhoso filme Almas Gêmeas.   I-nes-que-cí-vel. Ela também era uma adolescente.

Quem é, já nasce feito...

Foi Apenas Um Sonho é um tremendo drama, desses que a gente se envolve por inteiro.  Acho meio difícil de senti-lo todo se você tem menos de trinta anos mas tudo bem, assista. Mas se você já viu seu trem da vida passar batido em algumas estações ... você vai entender.

A atuação do casal é intensa e irretocável. Você sente o sufôco que é tentai sair da zona de conforto enquanto é tempo; o desespero que é sentir que aquela é talvez a última chance de sentir o doce gosto  do "tudo-é-possível" da juventude. Isso é uma coisa que acaba e depois ... Como é assustador o vazio absoluto!

Às vezes é impossível levar adiante a vida depois de um sonho que acaba. É como ficar tetraplégico. Uns conseguem continuar, outros não. Quando uma pessoa não consegue seguir adiante nem permanecer... o impasse dita as normas.

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Crepúsculo / Lua Nova

quinta-feira, 26 de novembro de 2009





A-do-rei!

Antes de Lua Nova comecei gostando de Crepúsculo, ocasião em que fui impiedosamente chamada de "adolescente".  O fato: já rotularam mesmo esses filmes de "filmes de adolescentes." Até que é mesmo...   mas pra mim, que já assumi que gostei de Toy Story, Procurando Nemo e Up, mais essa no meu currículo até que nem dói.


Para alguns (eu) é irresistível a sensualidade fatal dos vampiros.  Esses em questão não são lá essas coisas. Bonzinhos demais, jovenzinhos demais, moderninhos demais, românticos demais.  Vampiros adaptados - mas vampiros, ora bolas! Falta o charme cruel dos velhos filmes mas paciência. Sabe aquele ar fatal e assustadoramente sensual? Pois é, foi razoavelmente compensado com generosas doses de romantismo juvenil - no melhor sentido do termo.  Quem está vivendo essa fase, curte. Quem não está mais, mas lembra, acaba  achando legal resgatar do baú das emoções.  Tipo eu.

Aê mulherada: o lobisomem de Lua Nova... é de  tirar o fôlego. Cara, que tanquinho, que músculos, que pele, que oh... Deus!   O olhar dele é um vulcão - ao contrário do vampirinho branquelo e esquálido, que deixa montes de saudades dos apetitosos Brad Pit e Antonio Banderas em Entrevista com o Vampiro.

Aqui fica meu olhar de estranheza: nenhum amasso? Tudo no zero a zero....  A Bella acaba me irritando com aquela chatisse de enrolar o cara por dois filmes seguidos. Se fosse eu mandava à merda e deixava ela virar carniça no bosque. Dane-se.

Pois aí está: a pior mentira da estória  não foi sobre a existência de vampiros ou lobisomens. A lorota mais deslavada foi dizer na minha lata que uma garota naquela idade, com os hormônios em ebulição, estando um tempão sem dar uma, poderia receber visitas noturnas de um monumento daquele, sem camisa e ficar  só conversando fiado.  Tipo olhando para aquela cara de pidão e não sentir nada. Abraçar e continuar bancando a amiguinha frígida.  Peraí!

Os lobos formam um time especialíssimo na história. A gente acaba gostando tanto deles que fica com o coração tão dividido quanto o de Bella. Isso é interessante.

Crepúsculo e Lua Nova não são obras de arte, já deu pra entender.  Não valem Oscar mas são daquelas histórias que conquistam fãs apaixonados e fiéis que não admitem críticas. Não admitem mas vão ter que aguentar. Aqui mais uma: gente, o casal Bella e  Edward... poderiam caprichar mais na escolha dos atores!  Ela é uma mosca morta. Péssima atriz. aliás: não é atriz nem modelo nem gostosa. Não entendi qual a macumba para aquela menina chegar lá. Quanto ao rapaz, pelo menos tem algum talentinho mas não é bonito e pelo que eu sei, no livro o personagem deveria ser no mínimo belíssimo. O cara além de "não-belo" é esquálido. Aliás não sei como o filme sobrevive aos dois.

Tá, esquece: o filme sobrevive aos dois. E sobrevive à maquiagem, que achei fraquíssima também. Os vampiros foram caracterizados apenas como pessoas com a cara cheia de talco, batom e lentes de contato esquisitas. Eu faria melhor com o que tenho lá em casa..
Fora isso... O filme prende quem ama o gênero. Os efeitos especiais são bem feitos mas, sabiamente, não são mostrados em demasia. O diretor foca na história em si, que é um romance  dramático. Estou sendo redundante?

Na saída do cinema ouvi comentários de seres insensiveis que não gostaram. Pois que morram! (Brincadeirinha - heheheh).  Mas adianto: tanto a seção na qual eu fui quanto as anteriores estavam lotadas.

Pra mim, valeu.

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2012

terça-feira, 24 de novembro de 2009


O fato é: você já assistiu a esse filme.

Eu não queria estragar tudo, mas é verdade. Lá estão todos os lugares-comuns possíveis e imagináveis. Você verá o Presidente justo e bom, o cientista jovem e idealista, o casal separado que ainda se ama, as criancinhas apaixonantes, o pai displicente mas herói, o burocrata frio, a sala de controle com dezenas de profissionais trabalhando em ritmo frenético com um feitor gritando em seus ouvidos, tramas nos bastidores, sustos desnecessários só pra encher o saco, mentiras delirantes que só podiam sair mesmo de cabeça de  americano e tudo o mais. Ah: e efeitos especiais de primeiríssima. O filme só se justifica por isso. Não existe nada, nada mesmo que acrescente algo a Impacto Profundo ou outro qualquer do gênero. É quase uma reprise.

Mas tá, tá, tá, vale para matar a curiosidade. Vale também para depois discutir animadamente com os amigos quais as mentiras mais desvairadas. Há momentos em que o clima de suspense é quebrado por gargalhadas inesperadas - isso é uma falha. Sim, gargalhadas  na hora agá não eram para acontecer. Sabe,  há coisas que nem mesmo nesse tipo de ficção são cabíveis.  

Duas mentiras brabas só pra você sentir o drama:

Um terço do planeta, no mínimo, virou mingau e ainda tem gente conversando no celular só pra fazer ceninha triste. Fala sério! Aqui basta uma chuva forte que a gente fica sem comunicação!
Outra, a mais branda: horas e horas debaixo de explosões, fogo e cinzas, desespero só... e a liiinda chega do outro lado com a maquiagem intacta! O gloss brilhando nos beiços!

É demais pra minha cabeça. Podiam manerar.

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Bastardos Inglórios

segunda-feira, 16 de novembro de 2009




É um longa (02:33) atraente - sob todos os aspectos - e muito bem ambientado na segunda guerra mundial. Muito elogiado. Tem gente por aí querendo ver de novo, pra você ter idéia. Eu gostei mas não a ponto de querer  bis.

É um filme com cara de resgate detalhes da história. Em dado momento a gente se pergunta: mas isso aconteceu mesmo? Existiu mesmo esse grupo? Nossa, que barato resgatarem isso! Depois a coisa vai indo de um jeito, mas de um jeito que se você estudou um pouquinho acaba vendo que aquilo é uma viagem na maionese. Simplesmente não aconteceu. Você, Tarantino e todos nós estamos compartilhando mais de duas horas de um delicioso sonho. Claro, com flashes de violência horripilante, mas de um sonho assim mesmo.

É um filme para lavar a alma - e lava. Uma fantasia. Todos sabemos o que é fantasia: é aquela coisa que a gente imagina com imenso capricho, com riqueza de detalhes e fica horas bolando, vivendo e se deliciando no mundo virtual da nossa mente. Fazemos isso porque sabemos que não será possível viver aquilo no real. Ou não será possivel consertar o passado, caso em que acabamos consertamos na fantasia. Esse filme simplesmente conserta algumas coisas, aquelas que mais nos incomodam no desconfortável passado da segunta guerra.

Você verá Hitler pela enésima vez - nunca tão feio nem tão velho, diga-se de passagem. Foi o único  escorregão do filme. Fico até a pensar se não teria tido por um propósito que ainda não saquei... No excelente filme A Queda, Hitler estava perfeito, parecia ressurreto. Aqui chega a ser grotesco mas pensando bem... até que lhe cabe uma caricatura ridícula. Ele merece.

E sim: Brad Pitt ainda não saiu da fase "mamãe não quero ser galã". Faz um tempo que ele só pega filme para fazer papel de homem feio e sem charme. Deve fazer parte da sua cruzada para mostrar ao mundo o quão talentoso ele é. Ele deve achar que a beleza distrai o público feminino-tarado, que acaba não notando o seu talento. Confesso que prefiro vê-lo gostoso do que só talentoso mas fazer o quê? Admito que ele está ótimo no papel. Alguém diga isso a ele por favor!!!! Só assim ele pára com isso e volta a posar de gostosão. Não há mal algum nisso.

Ah, e ele - Brad Pitt - não faz o papel principal. Quem realmente brilha no filme com um fulgor inigualável é o ator Christoph Waltz. O cara dá um show! Vai receber indicação para o Oscar sim! E anote aí: é capaz de acabar levando a estatueta careca.

Pensando bem... Eu veria o filme novamente só para curtir novamente a atuação de Christoph Waltz, o malvadíssimo coronel Hans Landa. De maaaais!



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Código de Conduta

quarta-feira, 11 de novembro de 2009


Resumo da ópera: é mais um filme policial. Sim, sim, é um bom filme. Tem trama, é bem bolado, os atores são ótimos, traz uma crítica importante dirigida ao sistema judiciário e ao que chamamos de "sociedade civilizada". Só que mesmo com todo esse capricho a gente sai do cinema com aquela impressão de que é apenas mais um filme policial e que já viu algo parecido em algum lugar do passado.

Mas recomendo. Assista. Você não vai perder o seu dinheiro. Além do mais, tem a moral da história. Isso não é bom? "JAMAIS NEGOCIE  COM ASSASSINOS." O personagem principal aprendeu isso a duras penas.

Um filme... bom.

Ah, quer uma sinopse? Fique aí com a do site Adoro Cinema:

"Clyde Shelton (Gerard Butler) é um dedicado pai de família que testemunha o assassinato de sua esposa e filha. Um dos culpados pelo crime é solto graças a um acordo costurado pelo promotor Nick Rice (Jamie Foxx). Anos depois, o assassino é encontrado morto. Mesmo sem ter provas suficientes, Clyde é preso pelo ocorrido. Seu grande objetivo é denunciar a corrupção no sistema judicial, nem que para tanto ele precise eliminar todos os envolvidos. Só que Nick enfrenta um problema: apesar de estar na cadeia, Clyde aparenta sempre estar um passo a frente de todos."

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UP- Altas Aventuras

terça-feira, 6 de outubro de 2009

As crianças vão adorar. E como de uns anos para cá os produtores finalmente notaram que as crianças não vão sozinhas ao cinema, resolveram ter misericórdia dos pais. Essa é, então, daquelas animações computadorizadas modernas feitas para crianças mas que tem um lugar de carona gentilmente idealizada para os marmanjos. Adoravel.

É reconfortante ver e ouvir, de uma forma divertida e coloridíssima, que a vida só acaba quando termina, que é normal os sonhos não darem certo, que a frustração faz parte da vida e ninguém é um pobre coitado por isso.

É realmente lindo entender, através de uma historinha atraente, que todo mundo sofre - e daí? - mas a vida é tão imprevisível e variada, mas tão, tão imprevisível e variada, que sempre haverá novos sonhos, novos motivos de alegria, novos presentes inesperados a preencher surpreendentemente as lacunas do passado. Isso se não formos velhos ranzinzas que não querem se desapegar das lacunas do passado. Para esses, não tem jeito.

A mensagem - sim, há mensagem! - é: deixe de ser chato! Você pode até ter razão para as suas lágrimas mas... bola pra frente! Você está vivo e existem mil coisas que fazem valer a pena você abrir os olhos cada manhã e começar tudo de novo. Não seja um morto vivo! Não existe essa de que "passaram os melhores anos de minha vida". Como você sabe?

Os melhores anos da nossa vida são os anos em que estamos amando, não os anos em que somos jovens. Sim-ples-men-te. Se você ama e está envolvido amorosamente, com alegria, com outros seres humanos, você está MESMO vivendo os melhores anos de sua vida, ainda que tenha 90 anos.

Assista. Faz bem.

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Os normais 2

quinta-feira, 10 de setembro de 2009


1) Adorei a série Os Normais.
2) Adorei o filme Os Normais.
3) Tudo a ver Luis Fernando Guimarães e Fernanda Torres. Foi a coisa que deu certo.
4) Acho que não vai rolar um Os Normais 3. Meio arriscado.

5) Os Normais 2... Eu ri bastante. A idéia foi boa, mas não brilhante. Quem for ao cinema vai gostar desde que não espere uma obra de arte nem nada do outro mundo. É um filminho legal. Quem é demais no filme é a Fernanda Torres. Ela é o centro de tudo, ela segura a onda messssmo e se não fosse ela a vaca ia pro brejo. Não que o elenco não seja bom, mas é que a fórmula já esgotou e se não fosse alguém muito demais como ela -desculpaê, sou fã! - nada no mundo prenderia a nossa atenção. E gosto muito do Luiz Fernando, não estou detonando o cara. A Cláudia Raia também é ótima. Sua participação foi excelente - eu ri demais! - mas foi muito breve.

Resumindo: as piadas são boas, as situações são divertidas e só. A verdade é que o filme É a Fernanda Torres. Tudo gravita em torno dela.

Ah, já ia esquecendo: a história é sobre uma crise braba que o já conhecido casal está atravessando. Eles andam assim meio sem tesão e estão querendo esquentar a relação...

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A proposta

segunda-feira, 13 de julho de 2009


Fui mais por falta do que fazer mesmo. Não tinha ouvido falar muito desse filme. Embora goste de comédia romântica - é o que ele é - eu não estava otimista.
Sou fã da Sandra Bullock mas nunca tinha ouvido falar do carinha com quem ela contracenou. Agora dei uma pesquisada e descobri que Ryan Reynolds (que tem um corpo lindo) é casado com Scarlett Johansson.
Por falar em corpo lindo: caraca, a Sandra Bullock também tem um corpo lindo! Difícil de acreditar que seja norte americana...
Voltando ao filme: é divertidíssimo. Como todos do gênero, sabemos o final. Claro, eles se apaixonam e terminam juntos. Posso dizer isso sem estragar nenhuma surpresa. Surpresa haveria se isso não acontecesse.
O filme rende boas risadas e deliciosas surpresinhas. Sandra, como sabemos, é uma excelente atriz, divertida quando quer e muito carismática.
No filme fica evidente que ela tem mais idade que o rapaz. Em momento algum isso é usado como bandeira para defender tese. É apenas um detalhe insignificante e essa é a melhor e mais inteligente maneira de abordar o assunto. Nada de discursos ou lições de moral. Simplesmente um casal que deu liga e pronto. Juntando a isso o fato de os dois aparecerem pelados (pelados mas não muito...) pode-se dizer que essa é uma comédia romântica mais moderninha. Ótimo. Geralmente são tãaao comportadas!
Vá com fé. Cê vai gostar.

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Anjos e Demônios

segunda-feira, 22 de junho de 2009


Assista a versão dublada. Não tem quem aguente tanta informação na velocidade da luz.
Isso não é uma reclamação. Mas faz parte, é o estilo da história. Dá um cansaço só de imaginar o tanto que Dan Brown deve ter pesquisado para escrever o livro. Isso é bom porque a gente aprende um monte de coisas interessantinhas.

O cara viaja na maionese nessa trama que, mais uma vez, envolve a igreja católica. Agora entram em cena os Illuminati.

Ótimo suspense, história bem contada e que prende o tempo todo. Senti falta de um romancezinho, uma pegação, uns amassos... Para convencer que a história é séria não precisava castrar os personagens! Mas tudo bem, sabe como americano é: na cabeça deles sexo não combina com credibilidade. Na nossa, combina com tudo.

Aviso: o filme é um prato cheio para quem odeia religião. Ah: é também um prato cheio para os religiosos de carteirinha. Isso mesmo: ele tem vaselina para os dois times. Foi bolado para a turma de amigos (crentes x descrentes) se digladiarem amistosamente depois da seção de cinema. Até nisso eles pensaram, pois a história rende gostosos e superficiais bate-bocas - que só são gostosos por serem superficiais.

Gostei bastante. Claro que só o que pode ser levado a sério na história é: não sabemos de NADA do que se passa nos bastidores do poder. De NENHUM tipo de poder. Multidão é sinônimo de desinformação e manipulação.
Alguém já disse por aí que a tarefa dos meios de comunicação nunca foi informar. Não existe informação coisa nenhuma, só enrolação. No final das contas tudo se trata apenas de entretenimento - indústria do entretenimento disfarçada de tudo.

Enquanto isso a Verdade sai pela porta dos fundos com sua capa preta...

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X-Men Origins: Wolverine

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Já ouvi todo o tipo de comentário. Tem gente que gostou, tem gente que não gostou... Pois eu gostei. Se nada mais prestasse saibam: o quesito "colírio" foi muito bem penchido. Ô mutantezinho mais cheio de saúde da mamãe!

Achei o filme bem atraente. A história do começo de tudo me pareceu sem furos. O visual geral da fita agradou também e nem notei nada de errado nos efeitos despeciais (que os chatinhos de plantão afirmaram terem sido mal feitos).

Gostei de tudo e só. Não há muito o que dizer de uma história com espirito de quadrinhos. Só não entendo bem esse lance de mostrar pra gente o começo de tudo só agora, por último. Espero que essa moda não pegue.

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DIVÃ

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A-do-rei.

Li rapidinho uma sinopse que dizia mais ou menos assim: "mulher casada, madura, resolve fazer terapia sem bem saber o por quê. Aos poucos isso muda completamente a sua vida..." Não gostei desta sinopse. Preferi essa aqui, do site Adoro Cinema:

Na minha opinião a vida da personagem muda enquanto ela está fazendo a terapia e foi esse o seu grande lance de sorte, porque foi o que a ajudou a entender o que estava acontecendo. Nem todos somos tão afortunados.

É um filme divertidíssimo. Pra mim, comovente também. Você vai rir das situações e dos diálogos.
Pra falar a verdade eu nem gostava muito da Lília Cabral - achava sua voz chata. Além do que, todos os seus personagens em novelas eram caricatos, parecidos uns com os outros, uma pobreza só . Cheguei à conclusão de que novela é uma perdição na vida de um artista. Ela é e está maravilhosa, é ótima atriz e agora sou sua fã de carteirinha. Abaixo a Globo!

Amei a história que explica de maneira tão cativante que um casamento pode acabar sem baixaria, sem panelada na cabeça, sem ódio. Pode estar "tudo bem" como amigos mas o casamento em si ter acabado, ruído, desmoronado fragorosamente. Que "aquele casal que nós fomos" as vezes fica irremediavelmente perdido no passado e é necessário ter coragem para admitir isso.

Não vou dizer mais nada: assista. Você vai gostar. Além do mais o Gianechinni está lá, lindíssimo e com menos carinha de modelo. Tá melhorando. Alíás tá todo mundo bem na foto - quer dizer, na fita.

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Presságio



Não dá pra falar muita coisa sobre esse filme. É uma peliculazinha a mais falando sobre o fim do mundo. É para aquelas tardes modorrentas que você não sabe qual filme pegar e "se não tem tu, vai tu mesmo.

Dá pra assistir sem se sentir lesado. Lá pela terceira parte a história se torna mais interessante principalmente para aquelas pessoas que realmente acreditam na Bíblia e em suas lindas promessas de resgate para o final dos tempos. Ou seja: os que crêem, os eleitos, vão aproveitar mais. Ou "os que ouviram o chamado", conforme a história. Só para essas pessoas o filme consegue ser comovente porque ele evoca figuras com poder emotivo muito forte nas mentes cristãs.
Bem, eu gostei do filme. É que eu sou crente, né. Amei as cenas finais.


Agora se você não crê em nada disso e seu lance é outro... recomendo! (Vai que você se converte! hehehe)


Detalhe: a história não fala nada de Bíblia, de anjo, de apocalipse de "arrebatamento da igreja" de Céu, Inferno nem coisa nenhuma, só que os paralelos são obvios. Não é necessário nenhum tipo de forçação de barra para enxergar. Pelo menos pra mim (vixi! sou uma eleita!)


O Nicolas Cage... Bem, o Nicolas Cage não mudou nadica de nada. Sempre com a mesma expressão no rosto: aquela cara de quem não entendeu nada, testa franzida e susto-amargurado. A gente acaba perdoando porque eles sempre focam nos seus lindos olhões brilhantes. Ele faz sempre o mesmo papel. Se for reparar direito é capaz de as falas serem também as mesmas em todos os filmes. Vou ali dar uma conferida e já volto.

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O leitor

domingo, 5 de abril de 2009


Lindo. Mesmo.

Lindo como romance, interessantíssimo como discussão da moralidade, bondade, bem, mal, justiça e capacidade de julgamento.

Não tenho muita paciência para fazer sinopses. Lá vai uma, colada do site Adoro Cinema:

"Um adolescente se apaixona por uma mulher mais velha e vive intenso romance. De uma hora para outra, ela some de sua vida. Cerca de oito anos depois, ele reencontra essa parte de seu passado ao participar de um polêmico julgamento de crimes cometidos pelos nazistas na segunda grande guerra. Dirigido por Stephen Daldry (As Horas) e com Ralph Fiennes, Kate Winslet e Bruno Ganz no elenco. Vencedor do Oscar de Melhor Atriz. "

Pois é, um rapazinho e uma mulher mais velha se conhecem e tornam-se amantes. Até aí somos brindados com momentos de pura poesia. Gosto de beleza pura e chorei quando o casal conseguiu dar uma fugida de bicicleta por um lugarejo próximo e ambos se flagraram em absoluta e perfeita felicidade.

A felicidade completa é pesada e dói. Faz chorar (a mim) como naquele momento no qual Hanna entra em uma pequena igreja e ouve um coral de crianças. Era tão obvio que ela jamais estivera feliz daquele jeito que a cena comove sobremaneira. Ela chora, oprimida por tanta beleza, por não saber o que dizer naquele momento perfeito e certamente breve. Eu chorei com ela. O filme é lindíssimo sob todos os ângulos e tem a vocação de ser inesquecível.

A história não pára no romance mas segue e entra na inquietante discussão moral. Quem é Hanna? Quem são os nazistas? Quem somos nós, realmente? Somos mesmo tão bonzinhos quanto pensamos que somos? Somente as pessoas cruéis praticam crueldade ou contextos malignos são capazes de encurralar pessoas comuns de tal forma que elas não encontram outra saída? É possível que nos encontremos um dia dentro de uma engrenagem assim? E se isso acontecer, como nos comportaremos? Pagaríamos o preço de agir melhor?

O filme não nos responde o que se passa pela cabeça de alguém que matou centenas de pessoas durante o regime nazista. Isso nos incomoda porque a gente quer o tempo todo que a personagem nos diga algo. Isso não acontece e é o que a história tem de mais realista e provocador.
Fica claro que nem mesmo os próprios assassinos tem as respostas. Em muitos casos eles não sabem responder a si mesmos!

Sem sabermos onde acaba a maldade e começa o medo, qual a fronteira entre a obediência apavorada e a maldade explícita, sem acesso ao único arquivo que nos capacitaria a fazer justiça - a alma humana - nós ficamos totalmente desarmados.

Saí impactada com uma idéia de que é impossível fazermos justiça. Isso não está ao alcance dos humanos. Deveríamos nos convencer disso de uma vez por todas e deixar de lado os discursos hipócritas. Assumamos a vingança como única atitude contra a impunidade.
Impossível dizermos com sinceridade absoluta que, enstando no lugar de tal pessoa, não agiríamos exatamente da mesma forma que ela. Se centenas e centenas temeram e não resistiram à pressão do momento, será que eu estou mesmo acima de todas elas? Quem sou eu para fazer tal afirmação? Será que aquele juiz está mesmo moralmente tão acima do réu? Pelo amor de Deus, não será tudo um circo? Os que julgam e gritam "assassino!" sabem mesmo o que estão dizendo? Enxergam-se?

O filme não inocenta ninguém. Realmente não o faz. Ao contrário, empareda a todos e diz que a justiça não está ao nosso alcance, só a horrorosa vingança, que tanto desprezamos.

Repare! Olhe ao seu redor. Por mais que nos esforcemos em fazer justiça tudo o que conseguimos não é, no final das contas, a mais sórdida das vinganças?

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Ele não está tão a fim de você


Li o livro que inspirou o filme - Ele simplesmente não está a fim de você. Adorei. Foi escrito por Greg Behnrendt; Trata-se de uma leitura gostosa e útil, INFINITAMENTE mais interessante que o filme.

O livro fala de numerosos casos nos quais as mulheres, por pura tolice, ficam se auto iludindo e invariavelmente sofrem. O autor conta isso de uma forma cativante e didática; gostosíssima. O filme perde muito disso, quase tudo.

Quase todas as pessoas que viram o filme adoraram. Talvez por não terem lido o livro. Eu achei o filme fraco talvez por eu ser exigente demais...ou por ter lido o livro. As duas coisas, mais provavelmente. O fato é que o filme empobreceu demais o tema. Virou mais uma comediazinha romântica.

Pensando bem não seria fácil adaptar a obra de outra forma... Mas o resultado foi uma água com açúcar que não me empolgou.

A personagem Gigi (Ginnifer Goodwin) que aparece em sinopses do filme como "uma romântica incurável" na verdade age na história como uma retardada. Parece ter uns 23 anos mas suas atitudes são de uma menina de 13. Ela é a personagem principal (pelo menos é a que mais aparece). Isso é uma pena, pois isso torna o filme, em parte, irritante.

Os outros personagens são normais e as situações em que vivem são bem didáticas - conforme o livro. Mas o diretor "trai" o escritor quando torna possíveis situações que o escritor já nos advertiu no livro que se tratam de exceções. O diretor fez isso só para dar aos expectadores o finalzinho feliz, só que isso desdiz o que o livro diz e o livro diz: não seja burra, ignore as exceções!

O livro é um tratamento de choque para mulheres iludidas. O filme faz o contrário: alimenta a legião de trouxas. Mas fez sucesso.

Dizer o quê mais?

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Sim Senhor

terça-feira, 24 de março de 2009


Nunca pensei, viu!

Acho que você também não se anima muito para assistir algum filme com o Jim Carrey. Eu ando meio enjoada da cara dele. Meus amigos dizem o mesmo.
Esses dias, convidada para ir ao cinema com uma amiga, encontrei-me na dificuldade de já ter visto todos os filmes que, na minha opinião, valiam a pena serem assistidos.

Relutante, chequei o trailler da Pantera Cor-de-Rosa (que estava na minha preferência) e o do Sim Senhor (que eu não queria ver). O trailler do Sim Senhor era melhor. Fomos.
Surpresa!!!

O filme é muito legal. Conta a história de um cara que atravessava uma fase deprê, de recolhimento total e mau humor. Evitava os amigos e dizia não a tudo até que foi convencido a conhecer um programa (no estilo motivacional, bem ao gosto norte americano) que levava as pessoas praticamente a se converterem ao SIM! Daí tudo muda na vida do personagem.

O filme não é apenas engraçado (sim, você vai rir) mas tem a virtude de tecer críticas bem pertinentes a certos estranhos pendores de nossas sociedades.
As questões evocadas valem a pena serem discutidas ainda que tenham nascido no ambiente leve de uma comédia; se não por um motivo mais nobre, pelo menos para animar a roda de pizza depois da seção.

Vá com fé.

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Quem quer ser um milionário?

segunda-feira, 16 de março de 2009




Sinopse: "Jamal K. Malik (Dev Patel) é um jovem que trabalha servindo chá em uma empresa de telemarketing. Sua infância foi difícil, tendo que fugir da miséria e violência para conseguir chegar ao emprego atual. Um dia ele se inscreve no popular programa de TV "Quem Quer Ser um Milionário?... "


É um filme do tipo "Em busca da Felicidade", só que Em busca da felicidade eu chorei, nesse não. Tudo bem, chorômetro não é um critério confiável.


O filme é mesmo muito bom. Ele prende do começo ao fim, surpreende e te faz vibrar. E tem suspense. Não o suspense obvio do tipo "será que ele vai acertar a pergunta?" Não, mas suspense pelos perigos e situaçoes complicadas que fazem parte da vida desgraçada de Jamal e seu irmão.


Todo mundo pensa (pelo menos eu pensava) que o filme tratava da história de um garoto prodígio que se matou de estudar, inscreveu-se em um concurso na televisão e conseguiu um prêmio milionário. Nada disso. Seria manjado demais, você não acha?


A história é criativa, envolve amor impossível, sofrimentos indizíveis, superação, preconceito, suspense, violência... e até a velha e desconcertante pergunta: "como criticar alguém que, tendo uma vida desgraçada dessas, se mete com a máfia?"


Ou seja: o filme não se prende ao concurso em si. O concurso é só um pretexto. O filme é bem maior do que isso e aí está o seu mérito. O título é horrível. Eu mesma só fui assistir porque me disseram que era bom - e é.

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Jogo entre ladrões

terça-feira, 10 de março de 2009

Mais um daqueles filmes de espionagem cheio de casca de banana que você pensa que é mas não é e quando você finalmente saca, desensaca tudo.

Tudo bem, faz parte. O filme cumpre seu papel dentro do gênero. Não decepciona. Não é um primor de criatividade mas vale o saco de pipocas. Sério! Alugue o DVD.

Dica: assista com alguém de confiança, um amigo do peito para poder fazer perguntas, trocar idéias, tirar dúvidas. Você não vai querer fazer isso com a namorada/namorado, não é? Pega mal.

A trama, em dado momento (como é de costume) desenrola mais rápido só pra te sacanear. Perto do fim tudo se desvenda na velocidade da luz, você não sabe mais quem fez o quê por quê e tal. Claro, depois entende, mas tem que dar umas refrescadas no raciocínio. Taí a utilidade do amigo ao lado.

Não, eu não sou burra. Todo filme do gênero faz isso com a gente. É um lance burocrático, previsível, inevitável. Faz parte do lance.

Ah: e ainda tem as cenas das trepadinhas, pra motivar!

P.s.: Se eu fosse o Morgan Freeman, tiraria aqueles sinaizinhos pretos do rosto. Que falta de vaidade mais inexplicável!

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Operação Valquíria

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009


Jamais presuma que o assunto “Segunda Guerra” esgotou-se.

Você já tinha ouvido falar na Operação Valquíria? Seus professores nunca entraram nesse assunto? Normal. Eu também estava por fora.
O filme conta a história do Coronel Claus Von Stauffenberg, que volta da África à Alemanha e se envolve em uma conspiração para acabar com a ditadura em seu país e para isso se utilizariam da Operação Valquíria, uma medida de emergência já prevista pelo próprio governo para o caso extremo de Hitlher ser assassinado devido a um um golpe de estado. Bem, para a Operação Valquíria ser desencadeada, Hitler precisava ser realmente assassinado se não, não haveria a adesão de nenhum líder.
Não deixa de ser um grande mérito conseguir manter todo mundo em suspense mesmo quando todos estão carecas de saber o final da história. Quem não sabe como Hitler morreu?

Tom Cruise faz a sua parte. Jamais o considerei um grande ator e ainda não foi dessa vez que mudei de idéia. Acho que o melhor filme que ele já fez foi Entrevista com o Vampiro, um filme que adorei (recomendo!) . Mas tudo bem: embora ele não brilhe em Operação Valquíria, também não atrapalha como Claus von Stauffenberg, personagem principal.

Um dos méritos do filme é que durante décadas ficou no ar uma imagem muito negativa dos alemães, de um modo geral. Tanto pelos episódios macabros da segunda guerra quanto pela interminável seqüência de filmes que sempre os apontavam como um povo sem coração, frio e de olhar azul e gélido. Schumaker simpatia zero nunca ajudou. O idioma também não. Pelo menos ao meus ouvidos o alemão soa bruto demais, ao contrário do francês, italiano e espanhol, charmosos e sensuais, quase musicais.

É repetido no filme, com justiça: “Precisamos mostrar ao mundo que nem todos somos como eles”.
Ta certo. Bom termos em mente que houve uma resistência ao regime, houve alemães indignados e corajosos que deram suas vidas tentando deter aquele maluco.
Vale a pena assistir.

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Ensaio sobre a cegueira

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


Assisti por dois motivos: por ser baseado no livro do famozézimo escritor José de Saramago e porque uma amiga jurou de pé junto que era excelente. Confiei.

Normalmente não tenho dificuldade alguma em comentar um filme. É só dizer o que achei. Só que até agora não sei direito o que achei. Estranho, né? O filme também é estranho.

Não posso dizer que tenha sido um filme ruim. É um filme tenso, bem bolado, o desempenho dos atores é muito bom... Como então seria ruim?

Por outro lado como eu chamaria de "super legal, bom, excelente" se é repleto de cenas insuportáveis, excessivamente feias, nojentas, violentas, incômodas, emocionalmente cansativas, repulsivas... Isso pode ser chamado de bom? Não é agradável. Dá vontade de sair da sala. Cansa a beleza da gente ficar olhando aquele desfilar sem fim de esquisitices.

Se eu fosse definir o filme com uma palavra apenas eu diria INCÔMODO.

A idéia central é uma metáfora interessante, um "imagine se..."

O autor leva às últimas consequências a idéia de em que nos transformaríamos (ou o que afloraria em nós) se perdêssemos a visão. Não somente a visão; o tema é elástico e pode estender-se facilmente em uma mesa de bar). Poderia ser a visão, poderia ser o olfato, audição... Se um item qualquer fosse alterado em nós, o que aconteceria? Quem somos realmente? Essa é a idéia. Não deixa de ser instigante mas não chega a ser a descoberta da pólvora.

Disseram que o livro é maravilhoso. Só posso concluir que a idéia funciona melhor no papel. Como filme, não chega lá.

Foi menos do que eu esperava. Está na recém criada categoria "Sei lá".

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À procura da felicidade

domingo, 25 de janeiro de 2009


Drama é pouco. Tô com nó na garganta até agora e olha que me considero durona. Mas assista, assista sim. O filme é lindo.

Não é o tipo filme-desgraceira. Claro que acontecem coisas ruins, maré de azar, dificuldades de todo tipo mas é uma história bem contada e um filme que no final das contas consegue te colocar pra cima.

Há filmes tristes que ao final a gente acha o mundo uma lixeira, conclui que tudo é mesmo muito injusto, que as pessoas são o Cão, que metade da humanidade tem mais é que morrer, que viver pode ser um martírio etc etc. Esse filme não perde tempo em te convencer do contrário; apenas diz de forma muito convincente que se meter a cara você pode driblar tudo isso sim senhor.

E ao final de contas não é o que a gente mais quer ouvir nessa vida? Nesse mundo competitivo, injusto sim, cruel a mais não poder, a mensagem do filme é essa: você consegue.

Uma tremenda injeção de ânimo. A gente chora sim, e daí? Saí da seção acreditando mais em mim mesma. Valeram as lagriminhas, né?

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O Estranho Caso de Benjamin Button

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009


Gostei bastante deste filme. Primeiro porque é uma história original. Em momento algum a gente tem a impressão de que já viu isso antes.

Apesar do argumento ser "realismo fantástico" trata-se mesmo de um romance - um lindo e comovente romance. Vários assuntos são tangenciados no filme mas no final das contas é mesmo uma história de amor e você vai gostar dela.

Claro que tenho minhas críticas. O filme poderia rodar tranquilamente sem necessidade alguma das cenas chatésimas da velhinha no hospital relembrando seu passado. São cenas plasticamente feias (contrastantes com o resto do filme) desnecessárias e inverossímeis pelo seguinte:
  1. Ninguém em estado terminal fala tanto;
  2. Ninguém em estado terminal quer saber de ouvir a leitura de um diário. Ela teve a vida toda para ler.
  3. Ninguém consegue esconder tanto a respeito de seu passado. Tá bom, algumas pessoas conseguem, mas quando escondem escondem mesmo e tudo é descoberto depois que morrem, por outros que remexem seus pertences. Ou então elas contam tudo enquando estão bem, quando acham que está na hora certa. Não convence esse lance de contar quando falta um tantinho pra morrer. Achei meio fraco esse lance.
  4. Como a pessoa envelhece, passa mal, arruma as malas para ir para o hospital e ninguém vê o diário? Nem as fotos? Era tudo invisível?
  5. Sei lá... Não colou.

Fora isso o filme é muito bom. Se você for assistir em DVD pule as cenas do hospital e seja feliz.

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A OUTRA

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009


Desde que assisti ao excelente filme "Ana dos Mil Dias" apaixonei-me pela história de Henrique VIII e Ana Bolena, cheia de intrigas, paixão e sexo.

A Outra vai muito além de uma refilmagem. O filme é baseado no romance de Philipa Gregory, de nome “A Irmã de Ana Bolena” e acrescenta à já conhecida história uma personagem até então completamente ignorada: a irmã de Ana.

Filme muito atraente pelo visual caprichado, pelo excelente desempenho dos atores e pelo que acrescenta a uma história antiga que acreditávamos suficientemente devassada. Estas meninas aí da foto são poderosas: Natalie Portman, maravilhosa no papel de Ana Bolena e Scarlett Johansson, como papel de Maria Bolena.

Querendo ou não as histórias reais uma vez colocadas na tela sempre trazem um ensinamento, ainda que não seja nem longuinquamente esta a intenção de seus idealizadores. Por quê? Por que a vida é assim, porque viver é aprender. Nesse caso é impossível não refletir no poder arrasador da paixão. Arrasador e volátil e por isso mesmo perturbador e desconcertante.




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SETE VIDAS

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009


Pra lá de meloso. Se você for diabético, fique em casa.

Não estou dizendo que o filme é ruim! O filme é legal. Até eu lagrimei umas duas vezes!

A história: um sujeito que não se perdoa por um erro do passado resolve fazer o bem para sete pessoas com a finalidade de se redimir. Não se trata de um ex criminoso, apenas um homem comum carregado de culpa. Para alcançar seu intento empenha-se numa tarefa delirante de tão pretensiosa: descobrir quase que no olhômetro quem é bom e quem não é, quem tem um bom coraçao (como se fosse possível) e uma vez tendo descoberto esse tal "ser de luz", mudar-lhe a vida. Tipo dar uma de fada madrinha.

Como julgar o coração de amigos próximos já é difícil, quanto mais o de desconhecidos, aí está a primeira coisa tola do filme. A segunda coisa chatinha é Wil Smith o tempo todo de cara azeda, testa franzida fazendo careta. Meio sacal.

Os motivos da amargura do rapaz custam a ser esclarecidos no filme, tipo: afinal qual foi a cagada que lhe sobreveio tão pesadamente sobre a cabeça? Porque ele vive com cara de poucos amigos? Porque não se arruma direito? Quais recursos ele realmente teria para ajudar as pessoas? Ele era rico ou não? Qual é mesmo a do cara?

O filme só comove porque todo o sofrimento humano comove, todo o gesto de amor em um mundo árido como o nosso é tocante, mesmo que o roteiro seja meio-sei-lé-entende?

90% das pessoas que assistem esse filme dizem ser excelente. Não li a crítica mas a voz do povo deve ter o seu valor. Sendo assim, não dê muita bola para a minha nota seis.


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A TROCA

Confesso que fui ao cinema já com disposição para não gostar do filme. Achei que iria encarar mais um dramalhão do tipo "Sete Vidas". De fato trata-se de um drama, mas um drama de ótima qualidade.

A história é baseada em fatos reais, o que sempre torna tudo bem mais atraente - pelo menos para mim. O filme é bem envolvente, a situação vivida pela personagem é angustiante e isso nos prende do começo ao fim.

Angelina Jolie deu tudo de si neste trabalho e merece todos os elogios do mundo. Muito boa a idéia de investir mais em si mesma como atriz e deixar um pouco pra lá a pose de máquina de sexo. Aqui ela está humildezinha: é só osso e beiço.

Claro que em alguns momentos a gente não consegue entender como a personagem mantém a postura e o respeito frente a autoridades tão absurdamente arbitrárias, indecentes e injustas. A gente passa a entender isso melhor quando lembra que a história se passou na década de trinta - época em que os direitos da mulher eram esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque. A única compensação naquele tempo (da qual sinto falta) era o direito de usar batom vermelhão em plena luz do dia sem ser molestada por nenhum estilista de plantão.

Vale a pena assistir. Leve lenço.


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CORAÇÃO DE TINTA


Sabem esses filmes com cara de filme pra crianças mas que na verdade os adultos também adoram? Tipo Procurando Nemo e Toy Story? Pois não é o caso. Esse aqui é pra crianças mesmo.

Legalzinho.

Não me arrependi de ver. Gosto dessas coisas que tiram a gente da real. Nota 5. A história tem lá seus furos (quem não os tem? rsrsrs ) mas faz muito mais sentido que 007.

Fotografia beleza, rende bons papéis de parede para o seu computador. Refleti muito nesse aspecto. Além, logicamente, de considerar que nunca é mal rever Brendan Fraser. Não é mais um garotão mas ainda está firme e forte na categoria colírio. Na história, em certo momento ele recebe o sugestivo apelido de "Língua de Ouro". Acalme-se! Não tem nada a ver com isso que você pensou. O filme é pra crianças mesmo, embora não tenhamos motivo algum para duvidar dos talentos extra-tela do saudável Brendan.

Dinheirinho fácil quem ganhou foi a atriz Sienna Gillory, que fez o papel de mãe. Se falou dez frases na história foi muito. Seu único trabalho foi ficar uns seis meses sem comer. Vá ser magra assim lá na p**. Mas agora ela deve estar tirando a forra - se não se quebrou em duas partes.

Fora o colírio, outra coisa de que gostei no filme foi a valorização da leitura e do talento de quem escreve. Achei isso bonito, ressaltar o poder que a palavra tem: a palavra sonhada, escrita e também interpretada com paixão, durante uma leitura. São dons festejados na história de forma bem bonita.

Resumo: além do simples entretenimento, um filme voltado para a valorização da leitura, o que é feito de forma bonita, interessante, mas sem aquele ranço de "programação-cultural-do-governo-que-ninguém-aguenta".

Então porquê só nota 5? Acho que é porque já sou adulta... que saco!

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QUEIME DEPOIS DE LER

sábado, 10 de janeiro de 2009



Gostei do filme Veja o cartaz.


Humor, suspense e até drama - e tudo isso sem afundar o barco.
O aleatório da vida... Um incidente gera uma situação que liga diversas pessoas. De que forma? Nenhuma delas sabe. Ninguém entende o rolo em que está metido e a cada decisão que toma so afunda mais o pé na lama. A falta de informação é total, o perigo é crescente, nada faz sentido e quanto mais as pessoas tentam ajeitar as coisas pior a confusão. Mas não é só isso! O grande charme do filme é outro!
Esta historia bem bolada e atraente inverteu uma situação comum e desconfortável nos filmes de espionagem.
Quantos de nós, pacatos cidadãos, já não saímos de um filme de espionagem tendo nossas "placas queimadas" tentando entender o que para os personagens parecia tão obvio? Pois aqui temos a redenção! Dessa vez nós os expectadores sacamos tudo e os brucutus são eles. A própria CIA se vê tão perdida quanto os demais. Não é inédito e divertido? A gente se levanta da poltrona com a alma lavada. Nós entendemos a trama todinha, nos deliciamos com isso e nos divertimos com a lerdeza de raciocínio deles. Claro que não temos tempo de explicar nada porque estamos muito ocupados com nossos saquinhos de pipoca.
E tem mais! Se você for um mané ficará maravilhado com mais este brinde: a chance de ver o Brad Pit fazendo humildemente o papel de um "zé ruela" só pra ver o que é bom pra tosse.

Em suma: recomendo. Passou Controle de Qualidade Cris.

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JOHNNY E JUNE

sábado, 3 de janeiro de 2009


É a história verídica de uma dupla de cantores de música country.
Esse é um daqueles filmes que a gente diz que dificilmente alguém não gosta. Acho que todo mundo que viu, gostou. A história é atraente, humana, prende, cativa. Eu adoro música country mas mesmo quem não gosta haverá de se deliciar com o romance em si.

Quem não tem medo de, nas idas e vindas da vida, acabar se desencontrando de seu verdadeiro amor? Como seria maravilhoso se a vida, benevolente, nos permitisse ir e vir em suas ondas para, no final, acertarmos em paz naquela praia que sempre foi a nossa, nosso porto seguro, lar e céu? Quem não gostaria de saber que não importam os anos, as rugas, os casamentos, descasamentos ou seja lá o que for, mas a praia continua a mesma, irredutível e convidativa?

Jane e Jonny é um filme que poderia se limitar a falar sobre o amor à música e à carreira artística mas ele vai além: fala do amor em si. Fala que é possível fazer todo o sucesso do mundo, ir e vir, viajar, beber, pirar, casar e descasar, procriar, envelhecer e ainda assim amar uma pessoa só por toda a vida. Fala o que a gente mais quer ouvir: que nunca é tarde demais para acertar e ser feliz.

É um filme que consegue a glória de ser extremamente romântico sem ser meloso.

Alugue o DVD porque vale a pena. E se ainda não gosta, vai acabar gostando de country. A trilha sonora é uma delícia àparte.

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A VIDA DOS OUTROS

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009


Ninguém se joga ao mar do helicóptero, nada de efeitos especiais surpreendentes ou pontes desabando. Ainda assim - e talvez por isso mesmo - esse é um dos filmes mais tocantes que já assisti. ele nos prende do começo ao fim. Simplesmente não dá pra tirar os olhos da tela.

Pode ser profundamente danoso ao homem distanciar-se do seu próximo, seja qual for o motivo. Se esse distanciamento vier acompanhado de poder sobre a vida alheia, um monstro está prestes a nascer. Este filme fala tanto da possibilidade de desumanização quanto (e principalmente!) da possibilidade de se trilhar o caminho inverso.

"A Vida dos Outros" é a história de um homem que forçado por circunstâncias, viu-se como que puxado para dentro da vida de um determinado casal. Partilhar de seu dia-a-dia impactou-lhe profundamente e mudou todo o rumo da sua vida. Em suma, é a história de um despertar.

Apaixonante.

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CONTROLE ABSOLUTO

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009


Nota sete.
E se reclamar cai pra seis fácil fácil.

O tema não é 100% original mas foi colocado na história de uma forma interessante. Então qual o problema?

O problema é que o filme é frenético demais. Os americanos estão pirando, carregando demais na doideira! É mais barulho do que no Treme Terra Tupinambá, além dos carros se espatifando incessantemente uns contra os outros (é o que de mais erótico vemos no filme) o corre-corre, as explosões... É um vídeo-game: alguém aperta um botãozinho e explode rua aqui, trem ali... numa facilidade bestificante. Nem o King Kong foi tão bem sucedido mesmo em seus momentos de TPM.
Nem nós nem os personagens temos tempo nem pra coçar o nariz. Pra não perder o fio da meada fui no automático e errei a boca algumas vezes, enchendo os ouvidos de pipoca.
O ritmo frenético, em filmes americanos, sempre foi visto como virtude mas como overdose virou defeito. Estressante.
Os americanos estão exagerando. Alguém aí por favor diga isso a eles. E pode dizer que fui eu quem falou.

Coisa irritante: a heroína do filme não para nem pra tomar água mas o batom está lá, nos trinques. O cabelo então, é um charme só! E nada de rosto suado, grudento. Depois de cada catástrofe ela surge na tela mais bonita e cheirosa do que antes. Esse é o tipo da mentira que me IRRITA no cinema. Só eu que suo e me descabelo nessa vida?

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A Dama da Água


Proponho a você uma pequena brincadeira: finja que você é um abestado e imagine o enredo de um filme absolutamente idiota. Concentre-se. Não tenha medo porque essa viagem tem retorno.

Pronto? Imaginou? Pois saiba: isso que você bolou é uma obra de arte perto do filme A Dama na Água, do indiano M. Night Shyamalan. De que ele trata? Qual a idéia central? Vou lhe dar as dicas e você constrói o hospício:

Há uma presença estranha na piscina de um condomínio. Você deduz: filme de terror e suspense. Nada disso.

Quem está lá é uma ninfa linda que não vê mal algum em viver pelada. Aí você saca: erotismo ou romance. Outra pista falsa. O seu protetor providencia mais do que correndo uma roupa para a garota e em momento algum parece sentir algum desejo por ela. Continuemos: você nota que a tal ninfa não sabe o efeito que sua nudez pode causar nos homens. E não é só isso que ela não sabe. Na verdade é tão desinformada que a gente chega a duvidar de sua sanidade mental. Legal! Isso que dizer que vamos entrar em um drama psicológico? Não.

A garota é estranha mas não tem problemas mentais. Juro que não tem! Claro que ela só abre a boca para dizer coisas enigmáticas e não completa duas frases que se encaixem uma na outra mas isso não quer dizer nada. Já vi muitos artistas e economistas agindo da mesmo maneira.

Ah, agora você sabe: estamos frente a uma história edificante sobre o poder destruidor das drogas no cérebros? Você errou de novo.
Nesse ponto você começa a se irritar com a ninfa balbuciante e a dar toda a razão ao cara que não quer nada com ela. Ele também parece idiota, mas pelo menos conseguiu prever que teria problemas com a polícia se fizesse sexo com uma débil mental.

Tem mais: para completar existem uns seres estranhos disfarçados de gramado que estão - eles sim! - muito a fim de comer a garota. A essas alturas você já jogou a toalha e desistiu de entender o gênero do filme; é moderno demais para a sua cabeça e foge à classificações.

Confesso que assisti até o fim na esperança de que ele desse uma reviravolta e eu descobrisse de repente que o diretor é dono de uma mente brilhante. Enquanto o filme não terminasse havia a possibilidade de surgir alguma grande revelação na história que desse sentido a toda aquela tontice.

Talvez fosse um filme tão complexo que só depois, juntando coisa com coisa, eu iria sacar tudo e passar três dias festejando. Confesso que já se passaram meses e isso ainda não aconteceu...

Por fim agarrei-me à esperança de que meus amigos teriam entendido e depois explicariam tudinho a mim. Eu já estava conformada em ser a burra da história desde que aquele novelo se desenrolasse. Nada.

Tudo o que eu sabia era que aquela ninfa lombrada tinha uma missão rocambolesca entre os humanos. Veio trazer uma mensagem ou advertência - quem se importa a essas alturas? O filme termina e a gente não consegue entender por que ela foi a escolhida para essa missão, uma vez que não consegue se comunicar claramente em momento algum. Não havia ninguém mais fluente no lugar de onde ela vinha?

Não caia na tentação de locar o filme para utiliza-lo como comédia porque ele não consegue nem mesmo ser engraçado. Recomende a algum inimigo.

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