"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

SETE VIDAS

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009


Pra lá de meloso. Se você for diabético, fique em casa.

Não estou dizendo que o filme é ruim! O filme é legal. Até eu lagrimei umas duas vezes!

A história: um sujeito que não se perdoa por um erro do passado resolve fazer o bem para sete pessoas com a finalidade de se redimir. Não se trata de um ex criminoso, apenas um homem comum carregado de culpa. Para alcançar seu intento empenha-se numa tarefa delirante de tão pretensiosa: descobrir quase que no olhômetro quem é bom e quem não é, quem tem um bom coraçao (como se fosse possível) e uma vez tendo descoberto esse tal "ser de luz", mudar-lhe a vida. Tipo dar uma de fada madrinha.

Como julgar o coração de amigos próximos já é difícil, quanto mais o de desconhecidos, aí está a primeira coisa tola do filme. A segunda coisa chatinha é Wil Smith o tempo todo de cara azeda, testa franzida fazendo careta. Meio sacal.

Os motivos da amargura do rapaz custam a ser esclarecidos no filme, tipo: afinal qual foi a cagada que lhe sobreveio tão pesadamente sobre a cabeça? Porque ele vive com cara de poucos amigos? Porque não se arruma direito? Quais recursos ele realmente teria para ajudar as pessoas? Ele era rico ou não? Qual é mesmo a do cara?

O filme só comove porque todo o sofrimento humano comove, todo o gesto de amor em um mundo árido como o nosso é tocante, mesmo que o roteiro seja meio-sei-lé-entende?

90% das pessoas que assistem esse filme dizem ser excelente. Não li a crítica mas a voz do povo deve ter o seu valor. Sendo assim, não dê muita bola para a minha nota seis.


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