"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

Missão Impossível IV

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Querem acabar com o 007.

Missão Impossível é ótimo (dentro do seu gênero). É o tipo do filme que passa no teste da macharada: muita ação, historia bem bolada, lutas, tiros, sangue... essas coisas que homem gosta. E sem romance.

Mas não dá para não comparar: está na cara que ele pretende ser um 007 americano: corre-corre, coragem, equipamentos futuristas e mentira até dizer chega.

Particularmente sinto falta daquele charme aristocrático do James Bond. Sabe aquela elegância principesca? Aqueles ternos impecáveis? Aquela cara de quem usa perfume francês e cuecas imaculadas? De quem sabe usar todos os talheres à mesa? Pois é, não tem.  Em suma: o personagem Ethan Hunt nada mais é do que um James Bond que não come ninguém e nasceu na periferia.

O equipamento de Ethan e sua equipe é um show àparte. Eles usam os apetrechos mais delirantes. Dá vontade de rir, é um absurdo, mas a gente se diverte.  É instigante ficar tentando adivinhar se já temos mesmo tecnologia para aquilo ou se tudo não passa de delírio.

O cara é duro de morrer: após  perder os sentidos em uma explosão ele acorda no hospital, foge e não pára mais nem pra beber água. A coragem de Ethan seria um sinal claro de demência se estivéssemos falando em vida real - só que não estamos. A vida real é chata, monótona e sem verbas - quem quer saber dela?

Tom Cruise está visivelmente mais velho mas continua muito bonito, então você pode dar ok no quesito "colírio". Ele até tira a camisa mas nem precisava, porque o resultado passa longe do "efeito Daniel Craig". Nem vou falar no garotão Taylor Lautner   porque aí já é  covardia.

Tom faz a maior força do mundo para suplantar sua carinha de menino educado. Dá um pouco de pena ver o esforço que ele faz pra parecer perigoso. Não adianta. Mas isso não prejudica o filme em nada.  Jamais Tom Cruise vai fazer o tipo "malvado-do-bem"  (a lá Bruce Willians) mas a gente gosta dele assim mesmo! Alguém tem que dizer isso pro rapaz. Acho que vai lhe fazer bem.

E por falar em decepção, cá pra nós: Paula Patton como atriz ela é fraca, fraca, fraca de doer. Sem graça e inexpressiva quem nem salada de chuchu. Não sei como ela conseguiu ir parar na telona.  Coisas de Hollywood.

Assista. Você não vai ter sono.

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