"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

Foi Apenas um Sonho

segunda-feira, 30 de novembro de 2009



Não é um filme que passou um dia desses mas resolvi postar aqui porque assisti e DVD e trate-se simplesmente de um filmaço.

Leonardo di Caprio mostra tudo o que  os galanzinhos das adolescentes gostariam de ser: atores de verdade. Ele é demais, ele arrasa, é um grande ator, assim como a Kate Winslet. Eu já sabia disso, claro, mas de vez em quando a gente corre o risco de esquecer.

Grandes atores geralmente a gente reconhece desde cedo. Ele já era maravilhoso lá por volta dos 13 anos, quando o vi atuar pela primeira vez. O filme era Despertar de um Homem - filmaço!!!!  onde ele contracenava com De Niro.  A primeira vez que vi Kate e entendi que ali estava uma deusa das telas foi no maravilhoso filme Almas Gêmeas.   I-nes-que-cí-vel. Ela também era uma adolescente.

Quem é, já nasce feito...

Foi Apenas Um Sonho é um tremendo drama, desses que a gente se envolve por inteiro.  Acho meio difícil de senti-lo todo se você tem menos de trinta anos mas tudo bem, assista. Mas se você já viu seu trem da vida passar batido em algumas estações ... você vai entender.

A atuação do casal é intensa e irretocável. Você sente o sufôco que é tentai sair da zona de conforto enquanto é tempo; o desespero que é sentir que aquela é talvez a última chance de sentir o doce gosto  do "tudo-é-possível" da juventude. Isso é uma coisa que acaba e depois ... Como é assustador o vazio absoluto!

Às vezes é impossível levar adiante a vida depois de um sonho que acaba. É como ficar tetraplégico. Uns conseguem continuar, outros não. Quando uma pessoa não consegue seguir adiante nem permanecer... o impasse dita as normas.

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Crepúsculo / Lua Nova

quinta-feira, 26 de novembro de 2009





A-do-rei!

Antes de Lua Nova comecei gostando de Crepúsculo, ocasião em que fui impiedosamente chamada de "adolescente".  O fato: já rotularam mesmo esses filmes de "filmes de adolescentes." Até que é mesmo...   mas pra mim, que já assumi que gostei de Toy Story, Procurando Nemo e Up, mais essa no meu currículo até que nem dói.


Para alguns (eu) é irresistível a sensualidade fatal dos vampiros.  Esses em questão não são lá essas coisas. Bonzinhos demais, jovenzinhos demais, moderninhos demais, românticos demais.  Vampiros adaptados - mas vampiros, ora bolas! Falta o charme cruel dos velhos filmes mas paciência. Sabe aquele ar fatal e assustadoramente sensual? Pois é, foi razoavelmente compensado com generosas doses de romantismo juvenil - no melhor sentido do termo.  Quem está vivendo essa fase, curte. Quem não está mais, mas lembra, acaba  achando legal resgatar do baú das emoções.  Tipo eu.

Aê mulherada: o lobisomem de Lua Nova... é de  tirar o fôlego. Cara, que tanquinho, que músculos, que pele, que oh... Deus!   O olhar dele é um vulcão - ao contrário do vampirinho branquelo e esquálido, que deixa montes de saudades dos apetitosos Brad Pit e Antonio Banderas em Entrevista com o Vampiro.

Aqui fica meu olhar de estranheza: nenhum amasso? Tudo no zero a zero....  A Bella acaba me irritando com aquela chatisse de enrolar o cara por dois filmes seguidos. Se fosse eu mandava à merda e deixava ela virar carniça no bosque. Dane-se.

Pois aí está: a pior mentira da estória  não foi sobre a existência de vampiros ou lobisomens. A lorota mais deslavada foi dizer na minha lata que uma garota naquela idade, com os hormônios em ebulição, estando um tempão sem dar uma, poderia receber visitas noturnas de um monumento daquele, sem camisa e ficar  só conversando fiado.  Tipo olhando para aquela cara de pidão e não sentir nada. Abraçar e continuar bancando a amiguinha frígida.  Peraí!

Os lobos formam um time especialíssimo na história. A gente acaba gostando tanto deles que fica com o coração tão dividido quanto o de Bella. Isso é interessante.

Crepúsculo e Lua Nova não são obras de arte, já deu pra entender.  Não valem Oscar mas são daquelas histórias que conquistam fãs apaixonados e fiéis que não admitem críticas. Não admitem mas vão ter que aguentar. Aqui mais uma: gente, o casal Bella e  Edward... poderiam caprichar mais na escolha dos atores!  Ela é uma mosca morta. Péssima atriz. aliás: não é atriz nem modelo nem gostosa. Não entendi qual a macumba para aquela menina chegar lá. Quanto ao rapaz, pelo menos tem algum talentinho mas não é bonito e pelo que eu sei, no livro o personagem deveria ser no mínimo belíssimo. O cara além de "não-belo" é esquálido. Aliás não sei como o filme sobrevive aos dois.

Tá, esquece: o filme sobrevive aos dois. E sobrevive à maquiagem, que achei fraquíssima também. Os vampiros foram caracterizados apenas como pessoas com a cara cheia de talco, batom e lentes de contato esquisitas. Eu faria melhor com o que tenho lá em casa..
Fora isso... O filme prende quem ama o gênero. Os efeitos especiais são bem feitos mas, sabiamente, não são mostrados em demasia. O diretor foca na história em si, que é um romance  dramático. Estou sendo redundante?

Na saída do cinema ouvi comentários de seres insensiveis que não gostaram. Pois que morram! (Brincadeirinha - heheheh).  Mas adianto: tanto a seção na qual eu fui quanto as anteriores estavam lotadas.

Pra mim, valeu.

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2012

terça-feira, 24 de novembro de 2009


O fato é: você já assistiu a esse filme.

Eu não queria estragar tudo, mas é verdade. Lá estão todos os lugares-comuns possíveis e imagináveis. Você verá o Presidente justo e bom, o cientista jovem e idealista, o casal separado que ainda se ama, as criancinhas apaixonantes, o pai displicente mas herói, o burocrata frio, a sala de controle com dezenas de profissionais trabalhando em ritmo frenético com um feitor gritando em seus ouvidos, tramas nos bastidores, sustos desnecessários só pra encher o saco, mentiras delirantes que só podiam sair mesmo de cabeça de  americano e tudo o mais. Ah: e efeitos especiais de primeiríssima. O filme só se justifica por isso. Não existe nada, nada mesmo que acrescente algo a Impacto Profundo ou outro qualquer do gênero. É quase uma reprise.

Mas tá, tá, tá, vale para matar a curiosidade. Vale também para depois discutir animadamente com os amigos quais as mentiras mais desvairadas. Há momentos em que o clima de suspense é quebrado por gargalhadas inesperadas - isso é uma falha. Sim, gargalhadas  na hora agá não eram para acontecer. Sabe,  há coisas que nem mesmo nesse tipo de ficção são cabíveis.  

Duas mentiras brabas só pra você sentir o drama:

Um terço do planeta, no mínimo, virou mingau e ainda tem gente conversando no celular só pra fazer ceninha triste. Fala sério! Aqui basta uma chuva forte que a gente fica sem comunicação!
Outra, a mais branda: horas e horas debaixo de explosões, fogo e cinzas, desespero só... e a liiinda chega do outro lado com a maquiagem intacta! O gloss brilhando nos beiços!

É demais pra minha cabeça. Podiam manerar.

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Bastardos Inglórios

segunda-feira, 16 de novembro de 2009




É um longa (02:33) atraente - sob todos os aspectos - e muito bem ambientado na segunda guerra mundial. Muito elogiado. Tem gente por aí querendo ver de novo, pra você ter idéia. Eu gostei mas não a ponto de querer  bis.

É um filme com cara de resgate detalhes da história. Em dado momento a gente se pergunta: mas isso aconteceu mesmo? Existiu mesmo esse grupo? Nossa, que barato resgatarem isso! Depois a coisa vai indo de um jeito, mas de um jeito que se você estudou um pouquinho acaba vendo que aquilo é uma viagem na maionese. Simplesmente não aconteceu. Você, Tarantino e todos nós estamos compartilhando mais de duas horas de um delicioso sonho. Claro, com flashes de violência horripilante, mas de um sonho assim mesmo.

É um filme para lavar a alma - e lava. Uma fantasia. Todos sabemos o que é fantasia: é aquela coisa que a gente imagina com imenso capricho, com riqueza de detalhes e fica horas bolando, vivendo e se deliciando no mundo virtual da nossa mente. Fazemos isso porque sabemos que não será possível viver aquilo no real. Ou não será possivel consertar o passado, caso em que acabamos consertamos na fantasia. Esse filme simplesmente conserta algumas coisas, aquelas que mais nos incomodam no desconfortável passado da segunta guerra.

Você verá Hitler pela enésima vez - nunca tão feio nem tão velho, diga-se de passagem. Foi o único  escorregão do filme. Fico até a pensar se não teria tido por um propósito que ainda não saquei... No excelente filme A Queda, Hitler estava perfeito, parecia ressurreto. Aqui chega a ser grotesco mas pensando bem... até que lhe cabe uma caricatura ridícula. Ele merece.

E sim: Brad Pitt ainda não saiu da fase "mamãe não quero ser galã". Faz um tempo que ele só pega filme para fazer papel de homem feio e sem charme. Deve fazer parte da sua cruzada para mostrar ao mundo o quão talentoso ele é. Ele deve achar que a beleza distrai o público feminino-tarado, que acaba não notando o seu talento. Confesso que prefiro vê-lo gostoso do que só talentoso mas fazer o quê? Admito que ele está ótimo no papel. Alguém diga isso a ele por favor!!!! Só assim ele pára com isso e volta a posar de gostosão. Não há mal algum nisso.

Ah, e ele - Brad Pitt - não faz o papel principal. Quem realmente brilha no filme com um fulgor inigualável é o ator Christoph Waltz. O cara dá um show! Vai receber indicação para o Oscar sim! E anote aí: é capaz de acabar levando a estatueta careca.

Pensando bem... Eu veria o filme novamente só para curtir novamente a atuação de Christoph Waltz, o malvadíssimo coronel Hans Landa. De maaaais!



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Código de Conduta

quarta-feira, 11 de novembro de 2009


Resumo da ópera: é mais um filme policial. Sim, sim, é um bom filme. Tem trama, é bem bolado, os atores são ótimos, traz uma crítica importante dirigida ao sistema judiciário e ao que chamamos de "sociedade civilizada". Só que mesmo com todo esse capricho a gente sai do cinema com aquela impressão de que é apenas mais um filme policial e que já viu algo parecido em algum lugar do passado.

Mas recomendo. Assista. Você não vai perder o seu dinheiro. Além do mais, tem a moral da história. Isso não é bom? "JAMAIS NEGOCIE  COM ASSASSINOS." O personagem principal aprendeu isso a duras penas.

Um filme... bom.

Ah, quer uma sinopse? Fique aí com a do site Adoro Cinema:

"Clyde Shelton (Gerard Butler) é um dedicado pai de família que testemunha o assassinato de sua esposa e filha. Um dos culpados pelo crime é solto graças a um acordo costurado pelo promotor Nick Rice (Jamie Foxx). Anos depois, o assassino é encontrado morto. Mesmo sem ter provas suficientes, Clyde é preso pelo ocorrido. Seu grande objetivo é denunciar a corrupção no sistema judicial, nem que para tanto ele precise eliminar todos os envolvidos. Só que Nick enfrenta um problema: apesar de estar na cadeia, Clyde aparenta sempre estar um passo a frente de todos."

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