"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

FEDERAL

sábado, 27 de novembro de 2010




Chega a ser engraçado de tão ruim.  Quer dizer: ou você morre de rir ou você morre de raiva. O único que trabalhou bem foi Eduardo Dusek,  que por sinal nem ator é. Por aí você tira o resto.

Selton de Mello está irreconhecível, perdidinho da silva. Para piorar a situação ele atua o tempo todo cabisbaixo, falando rápido e “pra dentro”.  No começo senti falta das legendas para poder entender o que ele dizia mas depois deixei pra lá porque não devia ser nada importante mesmo.

Parece que foi tudo feito “nas coxas”. É um caça-níqueis para ganhar dinheiro na carona do Tropa de Elite.  Só que o que o Tropa de Elite tem de bom, Federal tem de péssimo. 

O filme é ruim em tudo: não tem roteiro, a imagem é uma bosta, o som é ruim, os atores estão em seus piores momentos, os diálogos são IDIOTAS. E não há uma história. E não há um fecho para o final.   

É muita cara de pau quererem fazer um filme a respeito da Polícia Federal sem terem ao menos feito uma pesquisa básica, tipo: quais são exatamente as atribuições da Polícia Federal? Em quê o trabalho da PF difere do trabalho da PM e da Polícia Civil? Como é o relacionamento da PF com as outras polícias? Costumam trabalhar juntos? Como funciona uma operação policial?  Como é o dia-a-dia de um Agente Federal?  Etc. No filme a Polícia Federal está irreconhecível.  

Só mesmo a falta de pesquisa explica as inúmeras cenas absurdas, tipo:

- O Delegado com um pingo de agentes empenhados em fechar bocas de fumo.  Há há há.   Desde quando a PF trabalha nisso?  E pior: torturando um bandido para ele dizer “qualquer coisa”  (me poupem!) que facilitasse o trabalho deles. Como se todo mundo não soubesse onde estão as bocas de fumo da cidade.

- A presença inexplicável de um PM livre leve e solto, dispensado pelos seus superiores para trabalhar o tempo todo colado nos  PFs.  Mais incríiiiiivel ainda:  colado com os PFs do COT .  

- As inúmeras e ridículas trocas de tiros entre PF e bandido.  Em cada confronto  acontece um festival de tiroteios. Até em hospital!  É mole?  Detalhe: isso é  exatamente o contrário da realidade.  A maior parte do trabalho da PF é de inteligência, não ostensivo. Raramente um PF trabalhando mostra que é PF.  Só ao final de meses de investigação é que acontece o confronto com os bandidos. Os bandidos, por sua vez, raramente  reagem. Primeiro porque  quase sempre já estão cercados. Segundo porque a maioria está mais  preocupada em como contornar tudo com dinheiro. Apagar policiais só complicaria as coisas. Por exemplo: você consegue imaginar o Maluf, sendo preso, dando tiro em Policial Federal?

- No filme vemos um agente do DEA (norte americano) discutindo com um Delegado Federal e admitindo que é corrupto mesmo, e daí? Cara, isso dá até vontade de rir! 

 A impressão que dá é que ouviram conversinha de corredor sobre a atuação do DEA  com a PF  e resolveram colocar isso no filme só para fazer charme. Ficou hilário.

-  Ainda sobre o agente do DEA: ele parece bicheiro de subúrbio carioca. Não conseguiram nem colocar um gringo verossímil na história.

Ah chega, vou parando por aqui.

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Tropa de Elite 2

domingo, 7 de novembro de 2010

Não importa de qual lado você está: vai se lascar do mesmo jeito. Assim percebi Tropa de Elite 2,  o filme  mais triste do mundo.

É violento? É, claro, mas a maior violência do filme é gritar na nossa cara o tempo todo que aquilo não é ficção. E não é mesmo.

Difícil não ser obvia, então pra quê tentar? Sim, é um FILMAÇO.

A história dessa vez não é exatamente sobre a polícia. É sobre o sistema - o nosso sistema brasileiro, que é um Satanás enooorme, mudo mas ativo.

"O Sistema" não é uma coisa simples de explicar. Está em todo lugar, tem vida própria, não mostra a cara, ninguém controla. É um monstro.  As vezes pensamos que determinadas pessoas o controlam mas é mero engano. Ninguém o controla. Quando muito o adoram, tirando proveito dele e alimentando-o. Quando seus falsos controladores são eliminados, percebemos que o Sistema subsiste muito bem sem eles. Ninguém lhe faz falta. Parece ter vida própria. Quem inventou algo tão maligno? Não sei. Mas sei que os que se aproveitam dele e mamam em suas tetas tornam-se igualmente nefastos.

Lute contra o sistema e você será destruído. Alimente-o e pouco depois será destruído também porque ele não tem protegidos.

O filme é maravilhoso no que tem de filosófico. A coisa é tão complicada que no final das contas a gente acaba indeciso: somos todos vítimas ou somos todos algozes uns dos outros? Quem é bom não consegue bancar essa bondade o tempo todo. Capitão Nascimento não sabe se errou ou acertou, se é bom ou mal. Ninguém sabe nada, essa é que é a verdade. Ele tem um bom coração, mas até que ponto esse bom coração é bom mesmo, é útil e toma as decisões certas?

Quem de nós conseguiria ser melhor do que o Capitão Nascimento? Quem o aconselharia? O que você diria a ele? Quem o condenaria?

Esse filme resgata isso na sociedade: o respeito na hora de criticar a polícia. Há forças terríveis que transformam todo o bem que queremos fazer em mal. A política manda, o povo obedece, ninguém exerga exatamente seu lugar na engrenagem nem sabe exatamente o resultado dos seus atos. É tudo uma latrina. Vivemos numa latrina.

Estou complicando tudo, eu sei... Estranho não conseguir escrever um bom texto comentando um filme tão bom!

Continuando com meu mau texto: quase choro nas primeiras cenas, na penitenciária. Eu, que sempre estive mais para Capitão Nascimento do que para Direitos Humanos, fiquei chocada ao me ver no meio daquela cena: homens-bicho afundados no inferno. Violência, medo, sangue, tensão, infelicidade total, a mais absoluta desesperança. Bandido tem medo, muito medo.

Cristina, o que você faria se tivesse escorregado aos poucos para o mundo do crime? Se se visse lá, sem chance de voltar, o que faria com uma arma na mão e um monte de inimigos querendo te matar?  Talvez eu faria o que aqueles bandidos fizeram. Como mudar isso?

É fácil matar um bandido quando não olhamos em seus olhos, mas no cinema, naquela telona, a gente vê os olhos, o suor, o medo, a necessidade que sentem de se proteger sendo assustadores.  Sim, eles tem muito, muito medo. Eles tem pavor e para sobreviverem só se mostrando piores do que seus inimigos. Tentam se proteger do medo fazendo medo. Como qualquer fera que ruge.  Senti dó como nunca antes. Dó daqueles homens desgraçados e sem futuro, sujos, morrendo como cães, como nada. Chorei por dentro e me perguntei: que mundo é esse? Que poço de lama é esse? Como que alguém se mete numa merda dessa?

Interessante ver o Seu Jorge, cantor, fazendo papel de bandido assustador. Significativo. Acho que foi colocado ali bem à propósito. Se ele não tivesse uma profissão, se não tivesse tido a oportunidade de ser um homem de bem, qual a diferença entre ele e qualquer bandido lá dentro? Nenhuma. Por outro lado, qualquer bandido ali poderia ter sido um Seu Jorge de voz aveludada e olhar sensual se tivesse chance.

Balancei.

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Gente Grande

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tipo Seção da Tarde. Já disse tudo, não é?

A pretensão é de ser um filme super ultra engraçado. Não chegou lá, mas é divertido sim. Um filme leve, movimentado, praticamente sem uma história a ser contada, com um rosário de piadinhas o tempo inteiro (umas bem sucedidas, outras nem tanto). Muitas piadas te farão rir e depois ficar com vergonha de ter rido de uma babaquice daquela.  Mas olhe para a pessoa ao lado e diga em tom superior: "E daí? Você também não riu?"

Sobre os pernsonagens, você já os viu milhares de vezes em milhares de filmes: um monte de amigos bobões zoando um com a cara do outro o tempo todo. Geralmente  os personagens são adolescentes mas dessa vez eles "inovaram" e colocaram coroas se comportando como meninos. Eles são os homens que nenhuma mulher queria ter.

Um bom passatempo para aquele dia em que a gente quer ir ao cinema mas não conseguiu ingresso para o filme que realmente quer ver. Tipo eu, que não consegui ingresso para o Tropa de Elite II.

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Solomon Kane - O Caçador de Demônios

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pra começar: ele não caça demônio nenhum; o demônio é que caça ele.

Em segundo lugar: ele é a cara (e o guarda roupas) do Van Helsing (você viu o filme?). Só que o Van Helsing caçava vampiros. Não chequei as cuecas, mas no resto os dois são bem parecidos.


Acho louvável a iniciativa de Hollywood, de economizar  no vestuário. Chega de esbanjar recursos! Ainda mais com tantas crianças na África passando fome.

Agora vamos ao que interessa: o filme é bom?  Bem, não é  booooom , só bom. Bonzinho.

O que realmente gostei na história foi a possibilidade de refletirmos sobre questões espirituais, como: quando você opta pelo bem, o mal não tem poder sobre sua alma. No filme o mal só sacaneia, mas não pode colher a alma de ninguém que não tenha feito uma opção pelas trevas. Além do mais a história valoriza o perdão, o arrependimento e a idéia de que por pior que a situação esteja, há sempre uma redenção. Legal, né? Também coloca no telão uma idéia totalmente bíblica: a de que os seres humanos não são nossos inimigos e nunca devemos lutar contra eles; nossos inimigos são espíritos que eventualmente podem estar usando esses seres humanos; então a luta verdadeira é espiritual e contra nossos próprios medos e maus sentimentos, que nos enfraquecem.

Tá bom, tá bom, se você não se liga nesses lances (que são a alma do filme) fique só mesmo com a aventurazinha.

TIRA-TEIMA:


Esse aqui é o Van Helsing, caçador de vampiros:



.


E esse outro  fofo aqui é o "irmãozinho" dele, o Solomon Kane, suposto caçador de demônios. Na dúvida, fico com os dois.

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SALT

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Cruzamento de Bruce Willis (de peitos) com Homem Aranha (também com peitos), Angelina Jolie está encapetada no filme. A mulher é o terror!  Esmurra, soca, dá rasteita, mata, esfola, barbariza . Não tem pra ninguém, é o cão chupando manga. O que ela tem de carne não dá pra encher um pastel, entao imaginem vocês o que ela faria se não fosse só o esqueleto.

Como já dizia o Louro José: "Rapaaaaz!"

O filme consegue a façanha de entreter mesmo assim, até pelo seu lado cômico e pelas intermináveis perseguições de carro (também cômicas).

Nem em Senhor dos Anéis conseguiram ser tão delirantes. A mulher é toda de silicone: não quebra, não arranha, não morre, não cansa. Quando bate no chão ela quica igual a bolinha de ping-pong. E passa o filme todo sem parar nem um minuto, só correndo e matando. Não dorme, não come, não bebe água, não transa, não faz cocô nem xixi. E pode prender e algemar de todo o jeito que ela escapa. Cercá-la com 20 policiais não adianta nada: ela mata todo mundo e escapole igual quiabo. Metralhar? Não perca tempo porque ela é dura de matar.

Se você gosta de absurdos e não tem nada melhor a fazer, assista.

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Coração Louco

segunda-feira, 16 de agosto de 2010


Nada de fenomenal mas muito agradável de assistir. Cada pessoa tem seus motivos para gostar (ou não) de Coração Louco mas o que me segurou foram especialmente duas coisas: primeiro a trilha sonora. Se nada mais aparecesse na tela, ainda assim eu ficaria grudada só para ouvir as músicas maravilhosas que tocavam - e a deliciosa voz do cantor. ADORO coutry!! Se você também adora, assista. É apaixonante.

O segundo motivo é bem feminino: confesso que sou fascinada estilo "vaqueiro durão". Embora o personagem seja alcólatra, não pude deixar de admirar seu charme irresistível, sua beleza na terceira idade (sim, isso existe!) e sensualidade. Um homem simplesmente másculo é como o mico-leão-dourado: está em extinção então não podemos perder a oportunidade de admirar.  Gostoso de ver e gostoso de ouvir. Refiro-me ao ator e ao filme.

E a história em si? Boa, mas nada de que se diga OHHH! Cantor extremamente talentoso mas alcoólatra e decadente passa por situações que o levam a querer - e conseguir - superar o vício.

Comentário de terceiros: "Interpretando seu papel com naturalidade e segurança, Bridges injeta carisma e algum humor num personagem francamente desagradável, que não inspira simpatia à primeira vista. O ator canta, aliás, com a própria voz, usando suas próprias imperfeições vocais para a caracterização da decadência de Blake..."

Se encontrarem o CD do filme, me avisem!

Ouçam uma das músicas:




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Um sonho possível / Preciosa

sábado, 14 de agosto de 2010


Confesso: chorei feito uma besta. Isso quer dizer que adorei Um Sonho Possível.

Acho que eu deveria me envergonhar disso... Geralmente os críticos não simpatizam muito com lágrimas. Sei do que estou falando inclusive porque acabei de ler uma crítica nada simpática sobre este filme. Dane-se. Esse trabalho não tem a menor pretenção de ser uma obra de arte. Foi feito para entreter, refletir e tocar  o coração - e conseguiu.

Gosto muito da Sandra Bullock. Ela é carismática, talentosa e muito bonita. Só que nos filmes que já fez ela está sempre no mesmo nível: jamais decaiu, mas também não havia feito nada muito "OHH!" Dessa vez sim, ela mostrou muito mais do seu talento.

Agora é o seguinte: é chato de dizer,  mas por melhor que tenha sido o desempenho de Sandra, não acho que tenha merecido o Oscar que levou.  Fica difícil suplantar o show que Mo'Nique deu em Preciosa.  A atriz coadjuvante arrasou! 

E por falar em Preciosa, estou comentando dois filmes de uma vez por mais outro motivo além de comparar desempenhos: comparo também as histórias. Ambas as histórias tentam (e conseguem) nos comover com personagens cujas vidas podem ser definidas como "o seu pior pesadelo". Ambos são paupérrimos, passam todo o tipo de humilhação, são desprezados pelos pais, são gordos, tem dificuldade de aprendizado, são negros, não tem a menor auto-confiança e sofrem de baixa auto-estima.  Tanto é assim que o personagem de Um Sonho Possível bem poderia ser apelidado de "Precioso" (ha ha ha).

Ah: embora também tenha gostado, não chorei em Preciosa. 

Pois é, Um Sonho Possível  é mais uma daquelas histórias sensíveis que falam em superação, "um mundo melhor se todos fizermos nossa parte e formos menos egoístas" e tal e tal.  Tenho no entanto a dizer que a fórmula está longe de se esgotar. Tanto é verdade que os filmes Preciosa e A Procura da Felicidade (maravilhoso) foram também muito bem aceitos.  

Dizem que dinheiro chama dinheiro mas... pensando bem, no cinema é o contrário: pobreza chama dinheiro (bilheteria).

Sabe de mais uma coisa? Nossa sociedade nunca precisou tanto de incentivo para ser melhor. Filmes como esses fazem a parte deles. Influenciam para o bem. Eu mesma ainda estou sob o impacto da história e doidinha para entrar na lista das pessoas boas que pisaram nesse mundo.


Viu como funciona?

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Um olhar do paraíso

domingo, 8 de agosto de 2010


Segundo O Globo,  "A trama é interessante, mas os excessos criativos do diretor a transformam num emaranhado de clichês visuais, um filme no qual uma onipresente narração em off contradiz uma regra básica do cinema: mostrar ao invés de dizer."  Eu nem ia dizer isso mas já que foi dito... pensando bem... é isso aí.

Mesmo sendo "isso aí", gostei muito do filme. Lindo, triste e cheio de suspense. E com uma mensagem da qual fica difícil discordar: apegar-se a coisas passadas atrasa a vida, impede-nos de seguir em frente. Desapegar-se é libertar-se.

A trama é bem interessante. Nâo consegui me distrair no filme: fui totalmente cativada pela história, pela narrativa, pelas imagens.

Particularmente não gosto de propagandas espíritas, até porque não creio em suas crenças. Mesmo assim tenho que admitir que é grande o erro de tentar enfiar todos os mistérios do universo em nossos conjuntinhos pré moldados de teorias. Não sabemos tudo. Na verdade não sabemos praticamente nada.

Houve um certo exagero nos efeitos especiais? Sim, houve, mas viajamos em paisagens lindas que estão em nossos sonhos e que amamos ver na tela.  Efeitos e mais efeitos não atrapalharam o tremendo suspense, a doçura dos sentimentos dos personagens e tudo o mais.  O filme nos faz "sentir a proposta" da história e nossas emoções acabam se encontrando com a daquela menina e de sua família como se crescêssemos junto com eles.

A sede de justiça pode virar uma prisão;
Todo mundo morre;
Há coisas que não podemos consertar; melhor é seguir adiante.

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Eclipse

quarta-feira, 4 de agosto de 2010


Fui assistir de teimosa. Bem feito pra mim!

O filme é aquele chove-não-molha que todos já sabemos mas sendo este o terceiro da série, esperávamos um grand finale, um desfecho empolgante, alguma coisa. Nada.

Vou logo adiantando: ninguém come ninguém. Por aí você já saca.  Não que eu seja defensora de cenas de sexo explícito mas tenha dó!  "Não posso começar porque se não eu te devoro, te mato, ui!" Me poupe. Depois não quer ser chamado de bicha.

Bella continua sendo uma mala sem alça, mas tudo bem. Uma amiga me esclareceu, pacientemente, que ela é assim para ser fiel à personagem do livro. Se ela é sem graça no livro, não poderia surgir na tela como uma garota interessante. Ah tá, entendi.  Então nem vou detonar a menina porque ela está apenas fazendo o seu papel. Se não fosse a explicação eu diria que ela é a pior atriz que já conheci. Estou começando a achar que é a melhor do mundo, já que conseguiu tão bem fingir  que é péssima.

Edwuard continuou de batom e cara branca enrolando Bella.  Ela permaceceu no zero a zero mesmo com todo o assédio do gostosíssimo e moreníssimo e simpaticíssimo e forte e sarado e jovem  Jacob. Mesmo ela estando em um jejum de fazer pena! Só em filme mesmo...

Por fim tentaram dar um motivo razoãvel para a vampira ruiva estar tão fissurada na Bella. Não conseguiram. O motivo dela é idiota e enfraqueceu muito a história.

Se fosse esse o primeiro ou segundo filme da série, bem que eu perdoaria achando que eles apenas queriam "deixar uma deixa" para um próximo capitulo. Como  - eu acho! - não haverá próximo capítulo, só tenho a dizer que a gente sai do cinema com a sensação de que o filme terminou na metade.

Quer saber mesmo? O filme é uma droga.

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Fúria de Titãs

quinta-feira, 10 de junho de 2010

É do jeitinho que você imagina que é. No surprise.

Muitos efeitos especiais E aquele exagero de ação a que já nos habituamos.  Se não tiver outra opção, assista. Você não se arrependerá... mas também não se surpreenderá.

Já deu pra notar que não me empolguei, não é? Pra começar acho Sam Worthington (Perseu) fraquésimo como ator.   Uma pobreza só. Se ele pelo menos compensasse sua falta de dotes artísticos com beleza e masculinidade eu até perdoava. Mas não; o cara é visualmente sem-graça comum e ainda tem cara de viado (e muito!).   Não conseguiu convencer nem quando tinha nos braços a bela Io. Sabe aquela frieza de quem não está com tesão nenhuma? Pois é. Fora a carência de testosterona ele também não conseguia se mostrar sinceramente feliz nem sinceramente infeliz nem sinceramente com ódio nem sinceramente cansado nem sinceramente triste nem com medo nem ... nada! É um zero à esquerda, discípulo de Shuazeneger: expressão zero.  Eu já havia notado essa incapacidade desde Avatar mas como Avatar é um filme maravilhoso, a nulidade dele ficou escondidinha. Agora, com esse filminho comum, tá na cara.  

Detalhe sórdido: perto do delicioso  másculo Mads Mikkelsen (Draco), Sam Worthington (Perseu) parecia o Bambi.

A doce-e-bela Gemma Arterton (Io) fez o que se espera de toda mulher bonita e boazinha nos filmes americanos: não fala, apenas sussurra, mesmo se estiver dizendo "acabou o papel! me arruma um rolo aí!"  É o jeito dos americanos sinalizarem que alguém é sensual. Tudo bem, funciona e não irrita, então vá lá. Mas o que não dava para engolir mesmo eram os modelitos lindos e super fashion que ela usava o tempo todo, mesmo em meio à pior viagem no pior deserto sem carregar uma maletinha sequer. Vivia produzida, mudando de roupitcha a toda hora. Desculpa aí, mas as mulheres reparam.

E pra completar: o maravilhoso cavalo Pégaso, que todo mundo sabe que é branco, apareceu negro no filme. Fiquei um tanto quanto indignada no começo mas ele parecia tão real, mas tão real (e lindo) que deixei passar. Nem está aqui mais quem falou.

É isso.

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Tema do filme A PARTIDA

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Belíssima!
Leia AQUI o meu comentário sobre o filme.

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Ilha do Medo

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Caraaaaacaaa! No início parece ser um filme como outro qualquer: os personagens dizendo a quê vieram, as personalidades sendo delineadas, os bonzinhos para um lado, os malvados para o outro... e você achando que já sabe tudo.  Ha ha ha. Você pensa: "tudo bem: mais um filme policial" - e é aí que você se engana.  Não é um filme policial. 

Mas calma! Não vou estragar sua diversão contando o final.

O filme te sacaneia NO MELHOR SENTIDO DO TERMO. É cheio de surpresas intrigantes que fazem a gente sair do cinema doidinho para comentar o filme e trocar idéias com o primeiro transeunte que cruzar o caminho. Mal saí do cinema e um cara que eu nem conhecia me abordou, intrigado, perguntando sobre essa ou aquela cena. De repente estávamos conversando e discutindo a história como se já nos conhecêssemos há muito.

Isso vai acontecer com você também.

Leonardo Di Caprio está cada dia melhor. Quem diria que de idolozinho de adolescentes ele iria chegar onde chegou! O cara desempenha na maior. Você sente com ele, sofre com ele, acha que conhece ele, capta cada expressão do seu rosto, sente medo com ele, confusão, tristeza, indignação - Ufa!

Este filme me deixou muito impressionada, mais do que se fosse de terror. É muito angustiante imaginar que não é tão impossível assim que aquilo aconteça com você. Cruz-Credo! 

Você não pode perder. E depois escreva aqui sua opinião sobre o que, de fato, aconteceu.

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Caso 39

domingo, 18 de abril de 2010

Eu sempre disse que o "charme" de um filme de terror é dar medo sem precisar "espocar" cabeças ou arrancar olhos. É o que chamo de "terror arte".  Bem, quem sou eu para rotular alguma coisa de arte ou não-arte, né? Só sei o seguinte: CASO 39 dá medo sim.

Não digo que seja um filme impecável. Acho que ele iria bem melhor se se mantivesse no terreno firme das coisas que podem acontecer. Nada é mais assustador do que a realidade. É você pensar: meu Deus, isso poderia acontecer comigo!  Caso 39 começa assim e vai muito bem obrigado. Ele resiste, resiste... até que entrega os ponto. Em dado momento ele não aguenta e acaba pedindo arrego ao sobrenatural. É onde perde pontos e fica meio parecido com os outros. Uma pena. Mas isso não chega a pôr tudo a perder.

Ótimo entretenimento. Além do medo em si (aquela agonia, aquela coisa ruim que deveriam pagar para a gente sentir e não o contrário) ele tem bastante suspense.

Acho a Renée Zellweger um docinho de pessoa. Eu preferia vê-la sempre em filmes românticos e achei uma baita maldade infernizar a lourinha daquele jeito mas ela é maravilhosa e seu desempenho vale dez.
Aliás agora entendo porque heroína de filme de terror tem que ser uma branquinha: porque as brancas mudam de cor que é uma beleza e tornam tudo mais convincente. Renée é uma camaleoa muito fofa, mudando de cor nas horas certas. Como ela consegue ficar vermelhinha daquele jeito? O rosto parece que incha de raiva e medo! Um amor. Uma atriz negra não teria essa habilidade, né? Além de que a brancura dá um ar mais delicado e desprotegido à pessoa. Os negros transmitem mais força e vigor...

Acabam aqui as minhas apreciações a respeito de brancura-pretura. Assista Caso 39. Eu gostei.

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O Livro de Eli

domingo, 11 de abril de 2010

É um filme bem interessante, mas vai entediar aqueles que gostam de barulho, ação frenética, essas coisas. Trata-se de uma ficção, uma história que se passa 30 anos depois de uma catástrofe mundial onde a maioria das pessoas morreram e toda a organização mundial e o que chamamos de "civilização" foram destruídos.

É uma história para refletir, um filme todo em sépia, com ar fatal e triste. Apesar da desolação, todo o visual parece que foi idealizado para ser reaproveitado como papel de parece.  É bonito.

Muita gente gostou do filme. Também gostei mas parece-me que ele é melhor apreciado por quem conhece e, de preferência ama, a Bíblia. Algumas metáforas e paralelos serão percebidos se você sabe do que o livro se trata (a maioria pensa que sabe mas não sabe) e sabe das numerosas vezes em que na história se levantaram pessoas ou sistemas para varrer esse livro da face da terra mas jamais conseguiram. É interessante, porém discutível, o lance de atribuir um poder quase mágico ao texto bíblico. Um dos personagens diz saber que ali está o consolo e o acalento que a humanidade sofrida tanto precisa e aquele que souber manipular isso, terá as pessoas nas mãos. Será que ele tem razão?

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O grande desafio

quarta-feira, 24 de março de 2010

Há filmes de luta, filmes de cães, de vampiros, de superação, de romance, de guerra, de espionagem... Esse é um filme de negros.

Gosto de filmes que contam a história de luta dos negros dos Estados Unidos. Gosto, exceto pelo fato de que como brasileira me sinto uma porcaria. Eles se uniram, meteram a cara, exigiram e alcançaram respeito. E nós?  Temos militantes de causas justas? Onde?  Quando falam em "luta social" no Brasil o que me vem à mente é um monte de vagabundos que vivem de pilhar, assustar, roubar, depredar, entrar em plantações e destruir tudo, derrubar árvores frutíferas, queimar tratores, barbarizar, intimidar e tudo o mais. Tudo o que os nossos "grandes lutadores" sabem fazer é transformar terras produtivas ou não em lotes de favela para venda.  Você sabe de quem estou falando.

Como ia dizendo...  Sim, gosto de filmes de negros e esse também é interessante, embora não seja apaixonante. O que mais me agradou nele foi saber que era baseado em uma história real. Fora isso, é apenas bom.

Trata sobre o quê? Sobre o poder incontestável da oratória.  Dominar as palavras é de fato uma arte. Palavras são como potros selvagens e quem os domina tem em suas mãos um poder muito pouco divulgado mas incontestável.  Porque palavras, frases, discursos brilhantes, tem um poder incrível sobre as pessoas; mina tanto mentes quanto corações; muda posturas, captura almas, cala oponentes, ridiculariza inimigos, conquista adeptos. Quem tem a mente, tem tudo.  Calro que, como toda forma de poder, pode ser manipulado e usado para o mal.  Pois é. Mas o certo é que as palavras trabalham como escravas para o bem estar de quem as conquistou e domina.

O tema "o poder da oratória" (poderia ser o nome do filme) é mostrado aqui através da história de um professor universitário inteligente e pouco ortodoxo, engajado em causas políticas,  que influencia profundamente seus alunos, mais especificamente três deles, que se tornam brilhantes debatedores de teses.

É isso.

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Guerra ao Terror

sexta-feira, 19 de março de 2010

Pega mal pra caramba dizer que um filme desse "não é lá essas coisas". Com estatueta enfiada em tudo o que é buraco, a gente se sente até no dever de dizer que gostou.

Mesmo o filme não sendo uma merda, fico a imaginar o que viram nele de tão  "Oohhh!" pra receber aquela "Oscarada" toda. Tudo bem:

1) O elenco trabalha muito bem;
2) O filme é bem tenso o tempo todo. Tem suspense;
3) Hmm... Mais nada.

Na verdade trata-se de um filme sem história. Sério! Ele não conta a história de nenhum personagem em particular. Também não conta a história daquele pelotão, nem da localidade, nem da guerra em si.   O filme se resume no seguinte: mostrar o quanto a profissão de desarmador de bombas é escrota. Sim, os caras são bons, são muito machos. Mas acho que isso poderia ser mostrado de uma forma mais cativante. Ah, e mostra que a guerra vicia. Pois é.

Depois da tensão inicial das três primeiras horas de filme, meu "poder assustandi" arrefeceu e dei umas boas dormidas nas 5 horas seguintes. Havia um monte de bomba montada e desmontada, explodindo e "desexplodindo" , aí mais uma soneca, mais bombas, sangue... aí veio a não-historinha de 10 minutos do ator principal, que gostava mais de bomba do que de mulher e... THE END!

Não estou dizendo que o filme é ruim, mas ele é assim... sabe como... meio... não digo "chato".... talvez com muita pretensão de ser diferente... Sei lá, entende?  Mas pra Oscar não dava. Acho que deliraram. Além do mais, tem mais  um detalhe: agora que virou moda (não deveria virar!) resolveram abusar da câmera na mão. Não havia necessidade alguma de ter a imagem balançando o tempo todo. Isso irrita e só se justifica quando se justifica.  Guerra ao Terror não se trata de nenhum documentário ou coisa assim. Sobre isso eu li, no Ronaldo Passarinho (Blog de Cinema) que "David Bordwell, o mais imparcial dos críticos, reclama do abuso de câmeras na mão e sente saudade do bom e velho tripé. E sei disso porque eu também sinto..." 

Ainda no mesmo blog, Ronaldo Passarinho diz, muito acertadamente que:


"Se a trama de “Guerra ao Terror” fosse ambientada em uma galáxia distante, em um futuro remoto, será que o filme teria levado tantas estatuetas no Oscar, inclusive a de melhor filme? Acho que teria tantas chances quanto “Distrito 9”. Ficção-científica por ficção-científica, a Academia ficaria com “Avatar”. Por melhor que seja, o filme de Kathryn Bigelow foi premiado por se passar agora e logo ali, no Iraque.  Não há nada de surpreendente nisso. Por critérios estritamente cinematográficos, acho difícil que algum dos concorrentes desbancasse “Bastardos Inglórios”. Mas nenhuma premiação no mundo se baseia em critérios estritamente cinematográficos. Até por que não existe consenso sobre quais sejam esses critérios. Não sou relativista. Acredito em valores absolutos (ou pelo menos na validade da ficção de que existem valores absolutos)..."

Li também uma crítica falando maravilhas desse filme. Para vocês terem a chance de ver o outro lado, lá vai opinião de um deslumbrado cinéfilo:

"...  ...  O filme afirma que a guerra é uma droga, porque ela vicia. James desativa bombas sem o equipamento de segurança, fica incomunicável de propósito, tenta desarmar o explosivo de uma bomba-relógio, minutos antes dela explodir. Só pela adrenalina, para saciar o vício. Bigelow não julga essa escolha. Ela sabe que é uma escolha. Não estamos falando de um patriota que está no campo de batalha pelo o amor ao país acima de tudo. Mas, sim, de um homem que precisa estar lá, precisa arriscar sua vida, para continuar vivendo. E em uma guerra irresponsável e sem muito sentido de ser, um homem-máquina se torna mais importante do que um patriota com amor à vida..."  e tal e tal. É, tem a ver...    LEIA o resto clicando AQUI.



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Simplesmente Complicado

quinta-feira, 4 de março de 2010


Sim, é mais uma comédia romântica. Não que isso seja mau sinal. É um estilo muito apreciado pelo público, e nele me incluo.

A vida real é um drama romântico. Às vezes é uma tragédia romântica. Romance, na vida real, é algo pesado e sofrido. Creio que por esse motivo é que este estilo cinematográfico faz sucesso: ele consegue desdramatizar o tema. Esses filmes amenizam o tema de sobre os nossos ombros.

Gente, a Meryl Streep  é demais! Ela é capaz de mudar a expressão do rosto em um estalar de dedos e com maestria demonstrar alegria, inveja, tristeza, angústia, paixão, incômodo, pressa... tudo!  Podemos dizer que ela é o extremo oposto de Arnold Schwarzenegger que usa uma máscara única para todos os personagens e essa máscara dele quer dizer simplesmente NADA. Arnoldo não tem expressão alguma, é um zero à esquerda. Meryl não: ela é o sonho de qualquer diretor.

Vamos dar a mão à palmatória: é quase impossível fazer uma comédia romântica sem cair em alguns lugares-comuns. Reclamo quando isso é excessivo e torna tudo chato e previsível. Não é o caso de Simplesmente Complicado. Uma coisinha para perdoar aqui ou ali,  mas nada que prejudique o todo. E o todo é muito legal.

A história é divertida, rende várias risadas. Alec Baldwin é o cinismo em pessoa e está melhorando como ator à medida em que fica mais velho (e mais gordo).

Dá licença, caiu uma chave aqui no chão:  Alec Baldwin era, seguramente, um dos homens mais lindos do cinema recente. Comparando fotos, dá de 5 a zero no Brad Pitt. Se você é muito jovem, não tem noção do deus grego que ele era. Vai ao final uma foto, só para você sofrer. Ou se alegrar, caso você esteja pior do que ele.  E por falar em sofrer, um dos momentos mais dolorosos da história é quando o ex-lindíssimo Alec mostra o corpo, mais especificamente a barriga. Cara... para quem lembra de como ele era, dá até um nó na garganta. Ele era um tanquinho!

Bem, fofoquinhas estéticas àparte, digo oficialmente que gostei muito do filme.  Além do mais ele lava a alma e dá uma injetada de esperança em todas as mulheres que um dia foram traídas, passaram da flor da idade e agora estão sós.  Por que não acreditar que aquilo tudo acontece na vida real?


E agora, Alec Baldwin ANTE e DEPOIS.
(yupiiii!  Não sou só eu que envelheço!)


 


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A festa de Babete

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010



É um dos filmes mais lindos e sensíveis que já vi. Inesquecível.
Temo escrever a respeito de filmes e, não chegando à altura, acabar empobrecendo o conceito  que possam ter a respeito deles. Como acabei de ler um comentário muito bom sobre A Festa de Babete, posto aqui para vocês. Clique  AQUI . Depois, com certeza você vai querer pegar o DVD.

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La Vie en rose

Ontem assisti o filme PIAF - ou La Vie en Rose - sobre a grande cantora francesa Edith Piaf.

Pra falar a verdade eu sempre a achei chatinha. Não via beleza alguma na voz  e me irritava a maneira com que ela pronunciava o "erre".   Para mim não passava de uma cantora afinada.   Só que o que me acontecia era o que acontece com a maioria das pessoas: ouve um pedacinho da música sem o mínimo de atenção ou sentimento e daí faz um julgamento burro. 

Edith transbordava emoção.

Gosto de filmes que possibilitam abrir meu leque de conhecimento e opções artíscicas. Jamais entendi o quanto Mozart era maravilhoso até ver o filme (AMADEUS - lindo!)  onde sua música é apresentada. Depois do filme procurei suas músicas com avidez e me apaixonei completamente. Pra mim, hoje, ele é o máximo. Se não fosse o filme talvez até hoje eu pensasse que ele era "apenas mais um" compositor "erudito".

O mesmo se deu com Edith Piaf, a ex-chata.

Sua história é contada de forma intressante mas mesmo que não fosse, duas cenas, apenas duas cenas já valem pelo filme todo. Uma delas mostra Edit ainda menina. A garota que a interpreta é dulcíssima e tem uma voz maravilhosa.  Ela canta lindamente o hino da França (que até então eu jamais ouvira completo e com legendas) e comove. Mesmo.

A outra cena é a última, na qual é quase impossível conter as lágrimas. Eu chorei aos cântaros.  Depois de conhecermos sua história, ve-la já velha e doente cantando Non Je Ne Regreete Rien (Não, não me arrependo de nada)  é e-mo-ci-o-nan-te.

Assista a encantadora menina cantando:  http://www.youtube.com/watch?v=ucOIDOMsrQE
Assista a atriz na voz magnífica de Edith: http://www.youtube.com/watch?v=SuAqVe0dOh0

Ah:  Gostei muito do comentário a respeito desse filme no blog SENTENÇAS URBANAS.  Leia. Muito interessante. O título da postagem é "Nem veloz, muito menos furioso."


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Sherlock Holmes

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010


Fui ver porque ouvi dizer que era um filme legal.
Eu já havia assistido a algumas histórias de Sherloch Holmes: todas muito interessantes, cheias de mistério e depois, cheias de explicações para os mistérios. Como esse é um filme novo, imaginei que haveriam coisas novas na maneira de contar a história. Não há. Esse é apenas mais um filme de Sherlock Holmes. Calma! Isso não é um mal sinal.

Dá pra ver em cada detalhe que é um filme caprichado. A ambientação está perfeita e detalhada. Gostei. E a história... Sempre começa com indagações impossíveis de serem deslindadas. Depois, lá na portinha do fim, vem o "esclarecimento". Sim, entre aspas porque não esclarece muita coisa não. 

Enquanto os mistérios perduram e nos acompanham o filme quase todo, as explicações pipocam na nossa cara muito rapidamente.  É como se te explicassem todo o intrincado esquema de corrução do governo Lula em 10 minutos, com nomes e cargos de cada envolvido. Não dá!


Posso ser a pessoa mais burra do mundo mas tenho certeza de que NO MÍNIMO metade das pessoas não entenderam nem metade do filme.

Se você assistir pelamordedeus me conte quem era o tal do "Professor", o que ele tinha a ver com a história, o que ele tinha a ver com Irene e que raios de diálogo ela teve com Sherlock naquele andaime que eu não entendi P.N.

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Continuação de 'Avatar' será lançada em livro

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Caramba! E eu já ansiosa para assistir a continuação de Avatar! Pelo jeito o filme deu tanto trabalho que agora a galera está meio que com preguiça de continuar.

"Em entrevista à MTV News, o produtor John Landau revelou que uma sequência de Avatar será lançada em livro...  O produtor espera que a história seja lançada ainda em 2010, mas garante que é improvável uma adaptação para o cinema... "  (CONTINUE LENDO)


Mexem com os nossos sonhos e depois caem fora. Acho que a continuação deveria ser encarada como um direito adquirido nosso, que estamos enriquecendo os caras.


É como já dizia o Pequeno Príncipe: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." alguém tem que dizer isso pros caras.

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Amor sem escalas

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

1) O título não tem nada a ver;

2) Não é uma comédia romântica.

3) Aliás, não é romântico. Nem comédia.

4) Não consegui ainda ver qual qualidade do filme o levou a ser indicado ao Oscar. Colocá-lo na mesma lista de Up-Altas Aventuras, Avatar e Bastardos Inglórios é brincadeira!

5) George Clooney indicado ao Oscar de melhor ator por ESTE trabalho? Que trabalho? Ele interpretou um cara bem sucedido, coroa, solteiro convicto, atraente. Qual a dificuldade? Interpretou a si mesmo! Se me derem um papel em um filme no qual eu tenha que ser eu, ganho o Oscar também?  Não digo que ele seja um mau ator. Não é. Só que esse papel é simpléeeeeerrimo, raso, com grau de dificuldade  quase zero. Oscar?! Me poupe.

Sabe qual o antídoto para mordida de cobra venenosa? O próprio veneno da cobra. Oh! Pois é essa a "grande idéia" do filme.   Pra não incorrer em nenhum lugar-comum manjadérrimo, o que fizeram?  Hã hã! Encheram a história de lugares comuns (situações manjadas que você já viu por aí) e trataram de desbancar um por um. Quando a coisa ia para onde você sabia que ia, a história dá uma guinada. Foi isso o tempo todo: fazer você dizer "já sei o que vai acontecer" e te enganar. Tipo "PEGUEI VOCÊ!"

Bãããã! Que máximo! Parece dever de casa pra aprendiz de cineasta.

Tudo bem, eles venceram: me pegaram em todas. Só que isso não transforma um filmeco num filmaço.

A história tem começo, meio e fim. Legal, não é como filme francês que termina no meio do nada absoluto e mata todo mundo de raiva.  Mesmo assim a gente fica com a impressão de que o avião da história não aterrissa nunca em lugar algum. Tentaram dar uma moral da história mas ... ficou com gosto de história sem moral, que não diz, não chega. Sabe quando a gente come mas continua com fome e com os dentes limpos? Pois é. Não é bem sobre amor, não é bem sobre amizade, não é bem sobre...  nada.

Não curti.

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Agora o comentário do Rafa:

Eu achei um ótimo filme! Do mesmo diretor de Obrigado por Fumar (um dos meus filmes preferidos!) Ele segue a mesma linha com diálogos muito bem escritos e argumentos muito bem defendidos.

Realmente não era para Oscar, acho que só entrou porque este ano a lista teve 10 filmes! E o George fez um ótimo trabalho, mas realmente sem dificuldade alguma.

O final não é dos melhores, mas pelo menos a repetitiva fórmula de Holywood não está lá, aquela da redenção do protagonista que se arrepende de todos os seus pecados, conhece o amor da sua vida e vive feliz para sempre. Já vimos isso o suficiente...

Tudo bem, eu confesso, estava a mais de 2 meses sem ir no cinema e ontem fui, talvez por isso tenha curtido tanto o filme e a saída.

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A Partida

domingo, 31 de janeiro de 2010

É lindo.

Se você é (como eu) indeciso e sofre afogado naquelas centenas de filmes das locadoras, aqui vai uma dica valiosa: procure por filmes que tenham sido vencedores ou pelo menos indicados para o Oscar de melhor filme estrangeiro. É batata! Você não vai se decepcionar. Foi o que fiz dia desses e dei de cara com um dos filmes mais lindos e delicados que já vi.

É um filme japonês, o que quer dizer que você está livre das perseguições de automóveis, tiros ou cenas burocraticamente frenéticas.

A Partida conta a história de um homem que conseguiu finalmente se encontrar e alcançar a serenidade interior. Conta como a vida é indecifrável durante o calor dos acontecimento. Na história em questão vemos como a vida, em seus piores momentos, pode nos tirar coisas ao mesmo tempo em que nos guia gentilmente a ganhos muito mais valiosos.

Esta história lembrou-me aquela reflexão das últimas cenas de Forrest Gump, quando o personagem diz que não sabia exatamente se a vida da gente já vem com um final determinado ou se ela é leve como uma pluma em seu flutuar aleatório. Mesmo sendo tolo ele conclui sabiamente que tudo indicava que as duas coisas eram verdadeiras: nossa vida dá mil voltas sem sentido mas ao fim a pluma sabe exatamente onde cair; é quando entendemos que todas as voltas nos levaram a um destino exato e necessário.

Em A Partida é isso o que acontece ao personagem. Todas as suas perdas aconteceram para que ele ganhasse algo muito mais precioso: a leveza de um futuro com o coração sanado; a pacificação advinda do respeito ao sentimento do próximo, da doação, da habilidade de transformar o corriqueiro em arte, trazendo beleza àquilo que ninguém percebe como belo e vivendo como quem celebra a sensibilidade, a delicadeza e o amor.

Não adianta: não saberei escrever nada tão bonito como o que vi. Ah: e a trilha sonora é de tirar o fôlego. Assista.

TEMA DO FILME:

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Marley e Eu

terça-feira, 26 de janeiro de 2010


Mais um filme de cachorro. E meloso.

A vida moderna frequentemente nos deixa assim... meio engasgados. Não importa o motivo: você precisa chorar de vez em quando. Se a falta de dinheiro ou uma martelada no dedão não resolverem, seus problemas acabaram:   nada como assistir MARLEY E EU.

Não importa quantas cenas engraçadinhas a história te forneça; fique firme porque vai ter cena triste sim! Onde já se viu filme de cachorro não ter cena triste? Nesse, até eu senti um nó na garganta quando... Ha há! Não vou contar. (Sei que a história está manjada e todo mundo já assistiu, mas deixe eu fazer meu charminho.)


Detalhe, só pra fechar com chave de osso - quer dizer, ouro:  eu não queria um cão desse nem cravejado de brilhantes. Ô bichinho inconveniente dos infernos!

Como podem ver, tenho um coração de pedra...  Mas coragem! Pegue na locadora. Você precisa chorar um pouco.

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