"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

A TROCA

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Confesso que fui ao cinema já com disposição para não gostar do filme. Achei que iria encarar mais um dramalhão do tipo "Sete Vidas". De fato trata-se de um drama, mas um drama de ótima qualidade.

A história é baseada em fatos reais, o que sempre torna tudo bem mais atraente - pelo menos para mim. O filme é bem envolvente, a situação vivida pela personagem é angustiante e isso nos prende do começo ao fim.

Angelina Jolie deu tudo de si neste trabalho e merece todos os elogios do mundo. Muito boa a idéia de investir mais em si mesma como atriz e deixar um pouco pra lá a pose de máquina de sexo. Aqui ela está humildezinha: é só osso e beiço.

Claro que em alguns momentos a gente não consegue entender como a personagem mantém a postura e o respeito frente a autoridades tão absurdamente arbitrárias, indecentes e injustas. A gente passa a entender isso melhor quando lembra que a história se passou na década de trinta - época em que os direitos da mulher eram esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque. A única compensação naquele tempo (da qual sinto falta) era o direito de usar batom vermelhão em plena luz do dia sem ser molestada por nenhum estilista de plantão.

Vale a pena assistir. Leve lenço.


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