"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

SALT

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Cruzamento de Bruce Willis (de peitos) com Homem Aranha (também com peitos), Angelina Jolie está encapetada no filme. A mulher é o terror!  Esmurra, soca, dá rasteita, mata, esfola, barbariza . Não tem pra ninguém, é o cão chupando manga. O que ela tem de carne não dá pra encher um pastel, entao imaginem vocês o que ela faria se não fosse só o esqueleto.

Como já dizia o Louro José: "Rapaaaaz!"

O filme consegue a façanha de entreter mesmo assim, até pelo seu lado cômico e pelas intermináveis perseguições de carro (também cômicas).

Nem em Senhor dos Anéis conseguiram ser tão delirantes. A mulher é toda de silicone: não quebra, não arranha, não morre, não cansa. Quando bate no chão ela quica igual a bolinha de ping-pong. E passa o filme todo sem parar nem um minuto, só correndo e matando. Não dorme, não come, não bebe água, não transa, não faz cocô nem xixi. E pode prender e algemar de todo o jeito que ela escapa. Cercá-la com 20 policiais não adianta nada: ela mata todo mundo e escapole igual quiabo. Metralhar? Não perca tempo porque ela é dura de matar.

Se você gosta de absurdos e não tem nada melhor a fazer, assista.

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Coração Louco

segunda-feira, 16 de agosto de 2010


Nada de fenomenal mas muito agradável de assistir. Cada pessoa tem seus motivos para gostar (ou não) de Coração Louco mas o que me segurou foram especialmente duas coisas: primeiro a trilha sonora. Se nada mais aparecesse na tela, ainda assim eu ficaria grudada só para ouvir as músicas maravilhosas que tocavam - e a deliciosa voz do cantor. ADORO coutry!! Se você também adora, assista. É apaixonante.

O segundo motivo é bem feminino: confesso que sou fascinada estilo "vaqueiro durão". Embora o personagem seja alcólatra, não pude deixar de admirar seu charme irresistível, sua beleza na terceira idade (sim, isso existe!) e sensualidade. Um homem simplesmente másculo é como o mico-leão-dourado: está em extinção então não podemos perder a oportunidade de admirar.  Gostoso de ver e gostoso de ouvir. Refiro-me ao ator e ao filme.

E a história em si? Boa, mas nada de que se diga OHHH! Cantor extremamente talentoso mas alcoólatra e decadente passa por situações que o levam a querer - e conseguir - superar o vício.

Comentário de terceiros: "Interpretando seu papel com naturalidade e segurança, Bridges injeta carisma e algum humor num personagem francamente desagradável, que não inspira simpatia à primeira vista. O ator canta, aliás, com a própria voz, usando suas próprias imperfeições vocais para a caracterização da decadência de Blake..."

Se encontrarem o CD do filme, me avisem!

Ouçam uma das músicas:




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Um sonho possível / Preciosa

sábado, 14 de agosto de 2010


Confesso: chorei feito uma besta. Isso quer dizer que adorei Um Sonho Possível.

Acho que eu deveria me envergonhar disso... Geralmente os críticos não simpatizam muito com lágrimas. Sei do que estou falando inclusive porque acabei de ler uma crítica nada simpática sobre este filme. Dane-se. Esse trabalho não tem a menor pretenção de ser uma obra de arte. Foi feito para entreter, refletir e tocar  o coração - e conseguiu.

Gosto muito da Sandra Bullock. Ela é carismática, talentosa e muito bonita. Só que nos filmes que já fez ela está sempre no mesmo nível: jamais decaiu, mas também não havia feito nada muito "OHH!" Dessa vez sim, ela mostrou muito mais do seu talento.

Agora é o seguinte: é chato de dizer,  mas por melhor que tenha sido o desempenho de Sandra, não acho que tenha merecido o Oscar que levou.  Fica difícil suplantar o show que Mo'Nique deu em Preciosa.  A atriz coadjuvante arrasou! 

E por falar em Preciosa, estou comentando dois filmes de uma vez por mais outro motivo além de comparar desempenhos: comparo também as histórias. Ambas as histórias tentam (e conseguem) nos comover com personagens cujas vidas podem ser definidas como "o seu pior pesadelo". Ambos são paupérrimos, passam todo o tipo de humilhação, são desprezados pelos pais, são gordos, tem dificuldade de aprendizado, são negros, não tem a menor auto-confiança e sofrem de baixa auto-estima.  Tanto é assim que o personagem de Um Sonho Possível bem poderia ser apelidado de "Precioso" (ha ha ha).

Ah: embora também tenha gostado, não chorei em Preciosa. 

Pois é, Um Sonho Possível  é mais uma daquelas histórias sensíveis que falam em superação, "um mundo melhor se todos fizermos nossa parte e formos menos egoístas" e tal e tal.  Tenho no entanto a dizer que a fórmula está longe de se esgotar. Tanto é verdade que os filmes Preciosa e A Procura da Felicidade (maravilhoso) foram também muito bem aceitos.  

Dizem que dinheiro chama dinheiro mas... pensando bem, no cinema é o contrário: pobreza chama dinheiro (bilheteria).

Sabe de mais uma coisa? Nossa sociedade nunca precisou tanto de incentivo para ser melhor. Filmes como esses fazem a parte deles. Influenciam para o bem. Eu mesma ainda estou sob o impacto da história e doidinha para entrar na lista das pessoas boas que pisaram nesse mundo.


Viu como funciona?

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Um olhar do paraíso

domingo, 8 de agosto de 2010


Segundo O Globo,  "A trama é interessante, mas os excessos criativos do diretor a transformam num emaranhado de clichês visuais, um filme no qual uma onipresente narração em off contradiz uma regra básica do cinema: mostrar ao invés de dizer."  Eu nem ia dizer isso mas já que foi dito... pensando bem... é isso aí.

Mesmo sendo "isso aí", gostei muito do filme. Lindo, triste e cheio de suspense. E com uma mensagem da qual fica difícil discordar: apegar-se a coisas passadas atrasa a vida, impede-nos de seguir em frente. Desapegar-se é libertar-se.

A trama é bem interessante. Nâo consegui me distrair no filme: fui totalmente cativada pela história, pela narrativa, pelas imagens.

Particularmente não gosto de propagandas espíritas, até porque não creio em suas crenças. Mesmo assim tenho que admitir que é grande o erro de tentar enfiar todos os mistérios do universo em nossos conjuntinhos pré moldados de teorias. Não sabemos tudo. Na verdade não sabemos praticamente nada.

Houve um certo exagero nos efeitos especiais? Sim, houve, mas viajamos em paisagens lindas que estão em nossos sonhos e que amamos ver na tela.  Efeitos e mais efeitos não atrapalharam o tremendo suspense, a doçura dos sentimentos dos personagens e tudo o mais.  O filme nos faz "sentir a proposta" da história e nossas emoções acabam se encontrando com a daquela menina e de sua família como se crescêssemos junto com eles.

A sede de justiça pode virar uma prisão;
Todo mundo morre;
Há coisas que não podemos consertar; melhor é seguir adiante.

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Eclipse

quarta-feira, 4 de agosto de 2010


Fui assistir de teimosa. Bem feito pra mim!

O filme é aquele chove-não-molha que todos já sabemos mas sendo este o terceiro da série, esperávamos um grand finale, um desfecho empolgante, alguma coisa. Nada.

Vou logo adiantando: ninguém come ninguém. Por aí você já saca.  Não que eu seja defensora de cenas de sexo explícito mas tenha dó!  "Não posso começar porque se não eu te devoro, te mato, ui!" Me poupe. Depois não quer ser chamado de bicha.

Bella continua sendo uma mala sem alça, mas tudo bem. Uma amiga me esclareceu, pacientemente, que ela é assim para ser fiel à personagem do livro. Se ela é sem graça no livro, não poderia surgir na tela como uma garota interessante. Ah tá, entendi.  Então nem vou detonar a menina porque ela está apenas fazendo o seu papel. Se não fosse a explicação eu diria que ela é a pior atriz que já conheci. Estou começando a achar que é a melhor do mundo, já que conseguiu tão bem fingir  que é péssima.

Edwuard continuou de batom e cara branca enrolando Bella.  Ela permaceceu no zero a zero mesmo com todo o assédio do gostosíssimo e moreníssimo e simpaticíssimo e forte e sarado e jovem  Jacob. Mesmo ela estando em um jejum de fazer pena! Só em filme mesmo...

Por fim tentaram dar um motivo razoãvel para a vampira ruiva estar tão fissurada na Bella. Não conseguiram. O motivo dela é idiota e enfraqueceu muito a história.

Se fosse esse o primeiro ou segundo filme da série, bem que eu perdoaria achando que eles apenas queriam "deixar uma deixa" para um próximo capitulo. Como  - eu acho! - não haverá próximo capítulo, só tenho a dizer que a gente sai do cinema com a sensação de que o filme terminou na metade.

Quer saber mesmo? O filme é uma droga.

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