"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

Esposa de mentirinha

quarta-feira, 9 de março de 2011

Ei, porque você está lendo esse texto? Vai dizer que não sabe de quê se trata nem como termina o filme?

Sim, você já sabe. É tudo absolutamente previsível - o que não é sinônimo de ruim. Comédias românticas - sim, essa é mais uma - são como as bananas de uma penca: não são idênticas, mas são muito parecidas.

Não me arrependi de ter assistido essaa história do cara que descobriu que as mulheres gostam de homens casados que sofrem. Mulher não resiste ao sofrimento masculino, que lhes desperta o sentimento de maternidade (o qual inclui amamentação).

Jennifer Aniston faz papel de Jennifer Aniston e dá certo porque a gente gosta dela. Meio constrangedor são os três quilos de maquiagem com os quais rebocaram a cara da pobre Jennifer. Sabe aquelas maquiagens "naturais" ("nude") que existem para convencer os outros de que uma pessoa tem a pele tão perfeita que nem precisa de maquiagem? Pois é, carregaram no "natural". Há cenas nas quais a Jennifer é um Photoshop ambulante.

Como parte da história se passa no Havaí, é inevitável: passaram Nescau em todo mundo. Toda a gringaiada está com um marrom tão artificial mas tão artificial que até irrita. Na verdade eu já havia notado que Hollywood tem a mania de escurecer seus personagens. Você vê qualquer foto deles em um evento ou se encontra com um deles e descobre que são brancos como vela. Mas nos filmes, invariavelmente, eles exibem um bege mais aceitável - o que não ocorre quando a coisa acontece no Havaí.

Outra observação dispensável: a garota que faz papel de gostosa (Bailee Madison... só é gostosa para os gringos mesmo. É linda de rosto, cabelos artificialíssimos fingindo aquele arrepiado natural que só as perucas baratas conseguem, peitões mais ou menos, pernas finas e um corpo assim... meio desengonçado. Sabe como é desengonçado? Assim, magro e meio estranho, com o quadril mais estreito do que a cintura, sei lá.   Aqui no Brasil ela seria rejeitada em qualquer propaganda de cerveja decente. E indecente também. Por aí você tira,  mas na história todos dizem OH quando ela aparece de biquíni ("fraldão").  Só Hollywood mesmo...

Ah tá, estou aqui para falar do filme! Ele rende boas risadas em alguns momentos. Não é o melhor do gênero mas dá pra encarar.

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O Discurso do Rei

quinta-feira, 3 de março de 2011

Vou chover no molhado: filme é mesmo muito bom e o elenco, de primeira linha.

Colin Firth simplesmente arrasa no papel de George - um papel muito difícil. Não basta imitar um gago: é necessário passar toda a sua aflição, todo o seu sentimento de humilhação, de inadequação. Pelo seu desempenho maravilhoso podemos perceber e sentir toda a aflição e medo de George e seu desejo sincero de fazer o melhor, de somar, de ser o que seu povo precisa que ele seja.

Apesar de algumas cenas bem humoradas e mais leves, o que impera mesmo é a sensibilidade. A gente acaba se comovendo não só com as dificuldades enfrentadas por George mas também com a sua determinação em se superar, mesmo que aquele problema tenha sido resultante de agressões terríveis ocorridas na sua infância.

Seria fácil seguir o caminho de muitos: manter-se com pena de si mesmo e condenando os pais. Pois essa história mostra que esse tipo  de conduta é a preferida dos fracassados.

Só devo olhar para trás até o momento em que aquele olhar me traga algum tipo de entendimento útil. Depois, é seguir em frente. Quem tem um alvo e é competente não pode perder tempo com choramingos. Essa é a lição do filme: uma lição de força interior. Valeu mesmo.

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