"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

Ilha do Medo

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Caraaaaacaaa! No início parece ser um filme como outro qualquer: os personagens dizendo a quê vieram, as personalidades sendo delineadas, os bonzinhos para um lado, os malvados para o outro... e você achando que já sabe tudo.  Ha ha ha. Você pensa: "tudo bem: mais um filme policial" - e é aí que você se engana.  Não é um filme policial. 

Mas calma! Não vou estragar sua diversão contando o final.

O filme te sacaneia NO MELHOR SENTIDO DO TERMO. É cheio de surpresas intrigantes que fazem a gente sair do cinema doidinho para comentar o filme e trocar idéias com o primeiro transeunte que cruzar o caminho. Mal saí do cinema e um cara que eu nem conhecia me abordou, intrigado, perguntando sobre essa ou aquela cena. De repente estávamos conversando e discutindo a história como se já nos conhecêssemos há muito.

Isso vai acontecer com você também.

Leonardo Di Caprio está cada dia melhor. Quem diria que de idolozinho de adolescentes ele iria chegar onde chegou! O cara desempenha na maior. Você sente com ele, sofre com ele, acha que conhece ele, capta cada expressão do seu rosto, sente medo com ele, confusão, tristeza, indignação - Ufa!

Este filme me deixou muito impressionada, mais do que se fosse de terror. É muito angustiante imaginar que não é tão impossível assim que aquilo aconteça com você. Cruz-Credo! 

Você não pode perder. E depois escreva aqui sua opinião sobre o que, de fato, aconteceu.

Read more...

Caso 39

domingo, 18 de abril de 2010

Eu sempre disse que o "charme" de um filme de terror é dar medo sem precisar "espocar" cabeças ou arrancar olhos. É o que chamo de "terror arte".  Bem, quem sou eu para rotular alguma coisa de arte ou não-arte, né? Só sei o seguinte: CASO 39 dá medo sim.

Não digo que seja um filme impecável. Acho que ele iria bem melhor se se mantivesse no terreno firme das coisas que podem acontecer. Nada é mais assustador do que a realidade. É você pensar: meu Deus, isso poderia acontecer comigo!  Caso 39 começa assim e vai muito bem obrigado. Ele resiste, resiste... até que entrega os ponto. Em dado momento ele não aguenta e acaba pedindo arrego ao sobrenatural. É onde perde pontos e fica meio parecido com os outros. Uma pena. Mas isso não chega a pôr tudo a perder.

Ótimo entretenimento. Além do medo em si (aquela agonia, aquela coisa ruim que deveriam pagar para a gente sentir e não o contrário) ele tem bastante suspense.

Acho a Renée Zellweger um docinho de pessoa. Eu preferia vê-la sempre em filmes românticos e achei uma baita maldade infernizar a lourinha daquele jeito mas ela é maravilhosa e seu desempenho vale dez.
Aliás agora entendo porque heroína de filme de terror tem que ser uma branquinha: porque as brancas mudam de cor que é uma beleza e tornam tudo mais convincente. Renée é uma camaleoa muito fofa, mudando de cor nas horas certas. Como ela consegue ficar vermelhinha daquele jeito? O rosto parece que incha de raiva e medo! Um amor. Uma atriz negra não teria essa habilidade, né? Além de que a brancura dá um ar mais delicado e desprotegido à pessoa. Os negros transmitem mais força e vigor...

Acabam aqui as minhas apreciações a respeito de brancura-pretura. Assista Caso 39. Eu gostei.

Read more...

O Livro de Eli

domingo, 11 de abril de 2010

É um filme bem interessante, mas vai entediar aqueles que gostam de barulho, ação frenética, essas coisas. Trata-se de uma ficção, uma história que se passa 30 anos depois de uma catástrofe mundial onde a maioria das pessoas morreram e toda a organização mundial e o que chamamos de "civilização" foram destruídos.

É uma história para refletir, um filme todo em sépia, com ar fatal e triste. Apesar da desolação, todo o visual parece que foi idealizado para ser reaproveitado como papel de parece.  É bonito.

Muita gente gostou do filme. Também gostei mas parece-me que ele é melhor apreciado por quem conhece e, de preferência ama, a Bíblia. Algumas metáforas e paralelos serão percebidos se você sabe do que o livro se trata (a maioria pensa que sabe mas não sabe) e sabe das numerosas vezes em que na história se levantaram pessoas ou sistemas para varrer esse livro da face da terra mas jamais conseguiram. É interessante, porém discutível, o lance de atribuir um poder quase mágico ao texto bíblico. Um dos personagens diz saber que ali está o consolo e o acalento que a humanidade sofrida tanto precisa e aquele que souber manipular isso, terá as pessoas nas mãos. Será que ele tem razão?

Read more...

  © Free Blogger Templates Columnus by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP