"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

A Partida

domingo, 31 de janeiro de 2010

É lindo.

Se você é (como eu) indeciso e sofre afogado naquelas centenas de filmes das locadoras, aqui vai uma dica valiosa: procure por filmes que tenham sido vencedores ou pelo menos indicados para o Oscar de melhor filme estrangeiro. É batata! Você não vai se decepcionar. Foi o que fiz dia desses e dei de cara com um dos filmes mais lindos e delicados que já vi.

É um filme japonês, o que quer dizer que você está livre das perseguições de automóveis, tiros ou cenas burocraticamente frenéticas.

A Partida conta a história de um homem que conseguiu finalmente se encontrar e alcançar a serenidade interior. Conta como a vida é indecifrável durante o calor dos acontecimento. Na história em questão vemos como a vida, em seus piores momentos, pode nos tirar coisas ao mesmo tempo em que nos guia gentilmente a ganhos muito mais valiosos.

Esta história lembrou-me aquela reflexão das últimas cenas de Forrest Gump, quando o personagem diz que não sabia exatamente se a vida da gente já vem com um final determinado ou se ela é leve como uma pluma em seu flutuar aleatório. Mesmo sendo tolo ele conclui sabiamente que tudo indicava que as duas coisas eram verdadeiras: nossa vida dá mil voltas sem sentido mas ao fim a pluma sabe exatamente onde cair; é quando entendemos que todas as voltas nos levaram a um destino exato e necessário.

Em A Partida é isso o que acontece ao personagem. Todas as suas perdas aconteceram para que ele ganhasse algo muito mais precioso: a leveza de um futuro com o coração sanado; a pacificação advinda do respeito ao sentimento do próximo, da doação, da habilidade de transformar o corriqueiro em arte, trazendo beleza àquilo que ninguém percebe como belo e vivendo como quem celebra a sensibilidade, a delicadeza e o amor.

Não adianta: não saberei escrever nada tão bonito como o que vi. Ah: e a trilha sonora é de tirar o fôlego. Assista.

TEMA DO FILME:

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Marley e Eu

terça-feira, 26 de janeiro de 2010


Mais um filme de cachorro. E meloso.

A vida moderna frequentemente nos deixa assim... meio engasgados. Não importa o motivo: você precisa chorar de vez em quando. Se a falta de dinheiro ou uma martelada no dedão não resolverem, seus problemas acabaram:   nada como assistir MARLEY E EU.

Não importa quantas cenas engraçadinhas a história te forneça; fique firme porque vai ter cena triste sim! Onde já se viu filme de cachorro não ter cena triste? Nesse, até eu senti um nó na garganta quando... Ha há! Não vou contar. (Sei que a história está manjada e todo mundo já assistiu, mas deixe eu fazer meu charminho.)


Detalhe, só pra fechar com chave de osso - quer dizer, ouro:  eu não queria um cão desse nem cravejado de brilhantes. Ô bichinho inconveniente dos infernos!

Como podem ver, tenho um coração de pedra...  Mas coragem! Pegue na locadora. Você precisa chorar um pouco.

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