"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

Bastardos Inglórios

segunda-feira, 16 de novembro de 2009




É um longa (02:33) atraente - sob todos os aspectos - e muito bem ambientado na segunda guerra mundial. Muito elogiado. Tem gente por aí querendo ver de novo, pra você ter idéia. Eu gostei mas não a ponto de querer  bis.

É um filme com cara de resgate detalhes da história. Em dado momento a gente se pergunta: mas isso aconteceu mesmo? Existiu mesmo esse grupo? Nossa, que barato resgatarem isso! Depois a coisa vai indo de um jeito, mas de um jeito que se você estudou um pouquinho acaba vendo que aquilo é uma viagem na maionese. Simplesmente não aconteceu. Você, Tarantino e todos nós estamos compartilhando mais de duas horas de um delicioso sonho. Claro, com flashes de violência horripilante, mas de um sonho assim mesmo.

É um filme para lavar a alma - e lava. Uma fantasia. Todos sabemos o que é fantasia: é aquela coisa que a gente imagina com imenso capricho, com riqueza de detalhes e fica horas bolando, vivendo e se deliciando no mundo virtual da nossa mente. Fazemos isso porque sabemos que não será possível viver aquilo no real. Ou não será possivel consertar o passado, caso em que acabamos consertamos na fantasia. Esse filme simplesmente conserta algumas coisas, aquelas que mais nos incomodam no desconfortável passado da segunta guerra.

Você verá Hitler pela enésima vez - nunca tão feio nem tão velho, diga-se de passagem. Foi o único  escorregão do filme. Fico até a pensar se não teria tido por um propósito que ainda não saquei... No excelente filme A Queda, Hitler estava perfeito, parecia ressurreto. Aqui chega a ser grotesco mas pensando bem... até que lhe cabe uma caricatura ridícula. Ele merece.

E sim: Brad Pitt ainda não saiu da fase "mamãe não quero ser galã". Faz um tempo que ele só pega filme para fazer papel de homem feio e sem charme. Deve fazer parte da sua cruzada para mostrar ao mundo o quão talentoso ele é. Ele deve achar que a beleza distrai o público feminino-tarado, que acaba não notando o seu talento. Confesso que prefiro vê-lo gostoso do que só talentoso mas fazer o quê? Admito que ele está ótimo no papel. Alguém diga isso a ele por favor!!!! Só assim ele pára com isso e volta a posar de gostosão. Não há mal algum nisso.

Ah, e ele - Brad Pitt - não faz o papel principal. Quem realmente brilha no filme com um fulgor inigualável é o ator Christoph Waltz. O cara dá um show! Vai receber indicação para o Oscar sim! E anote aí: é capaz de acabar levando a estatueta careca.

Pensando bem... Eu veria o filme novamente só para curtir novamente a atuação de Christoph Waltz, o malvadíssimo coronel Hans Landa. De maaaais!



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