"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

Simplesmente Complicado

quinta-feira, 4 de março de 2010


Sim, é mais uma comédia romântica. Não que isso seja mau sinal. É um estilo muito apreciado pelo público, e nele me incluo.

A vida real é um drama romântico. Às vezes é uma tragédia romântica. Romance, na vida real, é algo pesado e sofrido. Creio que por esse motivo é que este estilo cinematográfico faz sucesso: ele consegue desdramatizar o tema. Esses filmes amenizam o tema de sobre os nossos ombros.

Gente, a Meryl Streep  é demais! Ela é capaz de mudar a expressão do rosto em um estalar de dedos e com maestria demonstrar alegria, inveja, tristeza, angústia, paixão, incômodo, pressa... tudo!  Podemos dizer que ela é o extremo oposto de Arnold Schwarzenegger que usa uma máscara única para todos os personagens e essa máscara dele quer dizer simplesmente NADA. Arnoldo não tem expressão alguma, é um zero à esquerda. Meryl não: ela é o sonho de qualquer diretor.

Vamos dar a mão à palmatória: é quase impossível fazer uma comédia romântica sem cair em alguns lugares-comuns. Reclamo quando isso é excessivo e torna tudo chato e previsível. Não é o caso de Simplesmente Complicado. Uma coisinha para perdoar aqui ou ali,  mas nada que prejudique o todo. E o todo é muito legal.

A história é divertida, rende várias risadas. Alec Baldwin é o cinismo em pessoa e está melhorando como ator à medida em que fica mais velho (e mais gordo).

Dá licença, caiu uma chave aqui no chão:  Alec Baldwin era, seguramente, um dos homens mais lindos do cinema recente. Comparando fotos, dá de 5 a zero no Brad Pitt. Se você é muito jovem, não tem noção do deus grego que ele era. Vai ao final uma foto, só para você sofrer. Ou se alegrar, caso você esteja pior do que ele.  E por falar em sofrer, um dos momentos mais dolorosos da história é quando o ex-lindíssimo Alec mostra o corpo, mais especificamente a barriga. Cara... para quem lembra de como ele era, dá até um nó na garganta. Ele era um tanquinho!

Bem, fofoquinhas estéticas àparte, digo oficialmente que gostei muito do filme.  Além do mais ele lava a alma e dá uma injetada de esperança em todas as mulheres que um dia foram traídas, passaram da flor da idade e agora estão sós.  Por que não acreditar que aquilo tudo acontece na vida real?


E agora, Alec Baldwin ANTE e DEPOIS.
(yupiiii!  Não sou só eu que envelheço!)


 


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