"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

Um olhar do paraíso

domingo, 8 de agosto de 2010


Segundo O Globo,  "A trama é interessante, mas os excessos criativos do diretor a transformam num emaranhado de clichês visuais, um filme no qual uma onipresente narração em off contradiz uma regra básica do cinema: mostrar ao invés de dizer."  Eu nem ia dizer isso mas já que foi dito... pensando bem... é isso aí.

Mesmo sendo "isso aí", gostei muito do filme. Lindo, triste e cheio de suspense. E com uma mensagem da qual fica difícil discordar: apegar-se a coisas passadas atrasa a vida, impede-nos de seguir em frente. Desapegar-se é libertar-se.

A trama é bem interessante. Nâo consegui me distrair no filme: fui totalmente cativada pela história, pela narrativa, pelas imagens.

Particularmente não gosto de propagandas espíritas, até porque não creio em suas crenças. Mesmo assim tenho que admitir que é grande o erro de tentar enfiar todos os mistérios do universo em nossos conjuntinhos pré moldados de teorias. Não sabemos tudo. Na verdade não sabemos praticamente nada.

Houve um certo exagero nos efeitos especiais? Sim, houve, mas viajamos em paisagens lindas que estão em nossos sonhos e que amamos ver na tela.  Efeitos e mais efeitos não atrapalharam o tremendo suspense, a doçura dos sentimentos dos personagens e tudo o mais.  O filme nos faz "sentir a proposta" da história e nossas emoções acabam se encontrando com a daquela menina e de sua família como se crescêssemos junto com eles.

A sede de justiça pode virar uma prisão;
Todo mundo morre;
Há coisas que não podemos consertar; melhor é seguir adiante.

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