Bruna Surfistinha
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Um filme sobre uma garota que resolve sair da casa dos pais e alcançar sua independência financeira prostituindo-se. História de uma vida real, essa garota hoje está famosa, já lançou livro e foi entrevistada em programas de televisão. Na minha opinião, com esse caldo todo, o filme tinha tudo para ser uma porcaria. Mas não é.
A película conseguiu a façanha de não fazer apologia da prostituição e ao mesmo tempo não ser moralista. Tem aquele cara de realidade, de relato isento, que não puxa a sardinha nem pra cá nem pra lá. Dessa forma cativa o espectador.
Como o filme conta a história de uma garota que mergulhou no mundo do sexo, obviamente há cenas de nudez e de sexo, mas sem a sutileza da sensualidade nem a crueza envolvente e excitante do erotismo. As cenas de sexo são quase todas deprimentes.
Sendo assim, decepciona-se quem vai assistir Bruna Surfistinha pensando que vai encontrar um filme erótico. Tudo é cru, sem glamour e pé no chão. Nem mesmo aquele humor sacana dos antigos filmes nacionais nós encontramos. O que vemos é uma história sem enfeites. Tudo está a dizer o tempo todo que "é assim que são as coisas, é assim que funciona esse mundo." Até mesmo quando Bruna está no auge do "sucesso" fica claro que apenas ela não enxerga que aquilo tudo está acabando com ela e que daqui a pouco ela vai estar na merda.
Como também não há ranço moralista fica mais fácil assistirmos desarmados e, portanto, raciocinarmos por nós mesmos que a prostituição é um terreno escorregadio, que é quase impossível encarar tanta nojeira de cara limpa, que todo o "sucesso" nessa área é tolo e volátil e que as mesmas drogas que ajudam a encarar o "trabalho" serão as causadoras de toda sorte de ruína, inclusive a financeira. Entrar nessa é, portanto, uma cilada.
Claro que a história também pode ser percebida de outra forma. Afinal de contas Bruna não morreu, conseguiu sair da prostituiçao, ficou famosa e está em um relacionamento estável. Pode até parecer para alguma garota incauta que é simples e frequente sair de toda aquela porcaria sem sequelas. Não é.
O filme é muito bom e a Débora Secco se saiu muito bem.
A película conseguiu a façanha de não fazer apologia da prostituição e ao mesmo tempo não ser moralista. Tem aquele cara de realidade, de relato isento, que não puxa a sardinha nem pra cá nem pra lá. Dessa forma cativa o espectador.
Como o filme conta a história de uma garota que mergulhou no mundo do sexo, obviamente há cenas de nudez e de sexo, mas sem a sutileza da sensualidade nem a crueza envolvente e excitante do erotismo. As cenas de sexo são quase todas deprimentes.
Sendo assim, decepciona-se quem vai assistir Bruna Surfistinha pensando que vai encontrar um filme erótico. Tudo é cru, sem glamour e pé no chão. Nem mesmo aquele humor sacana dos antigos filmes nacionais nós encontramos. O que vemos é uma história sem enfeites. Tudo está a dizer o tempo todo que "é assim que são as coisas, é assim que funciona esse mundo." Até mesmo quando Bruna está no auge do "sucesso" fica claro que apenas ela não enxerga que aquilo tudo está acabando com ela e que daqui a pouco ela vai estar na merda.
Como também não há ranço moralista fica mais fácil assistirmos desarmados e, portanto, raciocinarmos por nós mesmos que a prostituição é um terreno escorregadio, que é quase impossível encarar tanta nojeira de cara limpa, que todo o "sucesso" nessa área é tolo e volátil e que as mesmas drogas que ajudam a encarar o "trabalho" serão as causadoras de toda sorte de ruína, inclusive a financeira. Entrar nessa é, portanto, uma cilada.
Claro que a história também pode ser percebida de outra forma. Afinal de contas Bruna não morreu, conseguiu sair da prostituiçao, ficou famosa e está em um relacionamento estável. Pode até parecer para alguma garota incauta que é simples e frequente sair de toda aquela porcaria sem sequelas. Não é.
O filme é muito bom e a Débora Secco se saiu muito bem.
5 comentários:
Eu já acho que o roteirista se perdeu e a D.Secco tá no pior filme dela. O roteiro empacou em várias partes, entre elas a panfletagem das cenas de sexo e a invenção de q Bruna-Raquel se encontra com o irmão na prostituição. Quem leu ou não o livro, o menos interessante seria glamourizar as cenas de sexo, pois já se sabe de ante-mão q ela é boa nisso, O que se explorou demais nisso, se explorou de menos qto ao impacto de q essa história de fada a la Uma Linda Mulher [q tb tratava de uma virada de uma prostituta [Julia Roberts] com a ajuda de 1 benfeitor [Richard Gere] e não á cenas panfletárias de sexo], pode superar, sendo real, a ficção. Inclusive cabia uma investigação pra além do livro, pra saber o impacto disso nos pais adotivos dela e na ex-mulher do remidor dela e atual marido [ela desmanchou 1 casamento]...isso sim daria um elã no filme importante, pois a Bruna-Raquel foge desses assuntos como o diabo foge da cruz.
O filme está mal solucionado... [na minha minimalista opinião].
Sidney
Ah: não achei que as cenas de sexo foram glamourizadas. Muito pelo contrário. Me pareceram secas, realistas, repulsivas, indesejáveis, humilhantes - exatamente como deveria ser, para não glamourizar a prostituição. O filme mostra bem a vida de merda de uma prostituta, a glória vã e passageira, as armadilhas das drogas, a decadência. E acho que terminou bem: ela decidindo sair daquilo, e saindo.
Cris
vixe, será q eu tô tarado [vi glamour lá. ou como costumo chamar "panfletagem" no sentido de propagação exagerada do tema]...
...
ou será q os homens vê as cenas de sexo dos filmes diferentemente?
pra eu não ficar inculcando q tô tarado demais, fale-me, por favor, da diferença q eu levantei entre os 2 filmes?
1. No ficcional "1 Linda Mulher" q tb trata da estória de uma prostituta q sai dessa vida e, pra mim, as cenas mais íntimas não foram tão calientes e
2. O Bruninha Surfistona q é o inverso/ trata-se de 1 história real q virou ficção...
...me ajudaê!
Ora ora ora... Decididamente o homem tem a cabeça muito diferente da da mulher.
Eu poderia iricialmente achar estranha a sua maneira de ver as coisas mas ... homem pensa diferente.
Aí está o motivo de os filmes eróticos serem feitos de homem para homem. Eles são muito difentes daquilo que mulher gosta de ver.
Já vi uns três filmes eróticos em minha vida e achei ridículos, quase cômicos em sua crueza cheia de pose, seu prazer fingido e TOTAL FALTA DE NATURALIDADE. Mas essas são coisas que só mulher enxerga. São minúcias bobas aos olhos masculinos... rsrsrs
As cenas de Uma Linda Mulher, essas sim glorificam a prostituição ao mostrar a coisa de forma delicada, romântica, bonita. Tudo ao contrário da realidade. Achei Bruna Surfistinha um choque de realidade enquanto Uma Linda Mulher dourou a pílula. Se em Uma Linda Mulher as cenas fossem mais reais, ele deixaria de ser romântico na hora porque a prostituição não é romântica: é humilhante para a mulher, é triste.
Uma Linda Mulher é mais gostoso de ver, embora seja mentira. Bruna Surfistinha não tem beleza, mas é mais "edificante" no sentido de que a gente aprende alguma coisa. Bruna chegou ao fundo do poço e só saiu de lá por sorte. Se ela continuasse "na vida", seu fim seria bem triste. Essa é a lição do filme. Pelo menos foi dessa forma que percebi.
Sério que tu achaste esse filme muito bom? Eu n tive a infelicidade de assisti-lo mas conhece bem umas 10 pessoas q viram e toooooodas detestaram!Li mais em uns 03 sites muitas pessoas falando mal...Vou procurar assisti-lo para tirar esta icógnita da minha cabeça.
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