"De maneira mais genérica, uma criatura onisciente nunca perderia seu tempo vendo um filme, uma vez que já conhece o final. Não existe cinema para Deus. E, por conseguinte, ele, que não obstante sabe tudo, não sabe o que está perdendo..."

Ollivier Pourriol, no livro Cine Filô.

Comentários da Cristina Faraon

Blá...blá... blá...

Rio

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Já faz umas semanas que assisti mas não tive muito ânimo de comentar. Quando o filme é uma droga a gente quer logo jogar no ventilador. Quando ele é ótimo, também. Mas quando ele é apenas um filme... correto, o que a gente faz? A gente fica pensando, pensando... e depois escreve um comentário tardio depois que todo mundo já assistiu.

Sejamos justos: as crianaças que estavam no cinema morreram de rir. Adoraram. Fiquei surpresa porque não vi essa coisa toda. Mas basta os pequenos terem apreciado para todo o empreendimento valer a pena, não é? E eu até ri algumas vezes!

O Filme é bem feitinho mas não tem a menor queda para a polêmica. Tudo nele é para cativar as pessoas (principalmente os gringos) com respeito ao Rio de Janeiro. E sejamos justos: não é porque eu sou carioca, mas o Rio é lindo meeeeesmo, lindo de encantar. Ipanema, no filme, não é mais nem menos colorida e alegre do que na vida real. Dá vontade de se jogar na tela.

Bem, eu disse que os diretores tomaram todo o cuidado do mundo para não dar  motivo a nenhum tipo de protesto, a nenhum tipo de ofensa, nenhum mísero processo. Parece que pisaram em ovos o tempo todo. Isso é meio chato...  Essa coisa de "arte cuidadosa" não faz muito a minha cabeça.  Os ladrões foram representados pelos macaquinhos. Assim ninguém será acusado de odender os sentimentos cariocas insinuando que o Rio está cheio de ladrão (ainda que esteja). 

A história, claaaro, é sobre preservação da natureza. Esse negócio já está dando no saco, mas vamos lá: um último exemplar macho da arara azul está "morando" fora do Brasil e precisa ser trazido urgentemente para o Rio de Janeiro, onde mora a única fêmea da espécie. Se eles não se "apaixonarem" a espécie se extinguirá. Os interessados nesse "romance" terão que enfrentar todo tipo de desencontro e a ganância dos traficantes de animais.

Como está na moda em todo filme americano (e brasileiro também, já que macaqueamos tudo o que vem dos gringos) o papagaio (macho) é o bobão enrolado e a fêmea é que a esperta e lutadora e safa e tudo. Sempre é assim. Essa é outra coisa que já está me enchendo o saco.

Prepare-se: RIO não empolga como Toy Story nem como Procurando Nemo, mas é legal.  Ah: seus filhos vão gostar mais do que você.

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